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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu um alerta sobre o risco de sobrecarga na rede elétrica em 11 Estados brasileiros. O principal fator apontado para essa situação é a crescente geração de energia por meio de painéis solares instalados em residências e comércios. Atualmente, o Brasil conta com uma capacidade de 33 gigawatts (GW) de energia gerada na modalidade de Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), composta majoritariamente por energia solar fotovoltaica. A projeção do setor é que essa capacidade alcance 50 GW até 2029.
Fluxo reverso desafia infraestrutura elétrica
O ONS, responsável por coordenar as operações das usinas e linhas de transmissão do país, explica que o excesso de energia gerado pelos painéis solares pode provocar um “fluxo reverso” na rede elétrica. Tradicionalmente, a eletricidade era transmitida das grandes geradoras para as subestações e, em seguida, distribuída aos consumidores. Contudo, com o aumento da geração descentralizada, a energia excedente retorna para a rede de transmissão, criando uma via de mão dupla que pode sobrecarregar as subestações e resultar em apagões.
Estados mais afetados pela sobrecarga
O estudo do ONS aponta que os seguintes Estados enfrentam maior risco de sobrecarga:
- Bahia
- Goiás
- Mato Grosso
- Minas Gerais
- Paraíba
- Pernambuco
- Piauí
- Rio Grande do Norte
- Rio Grande do Sul
- Roraima
- São Paulo
Mato Grosso é o Estado mais impactado, com 94% de suas subestações de fronteira apresentando fluxo reverso. O Piauí aparece em seguida, com 73%, e Minas Gerais, com 43%.
Medidas para evitar colapsos na rede
Para mitigar os riscos e garantir a segurança do sistema elétrico, o ONS elaborou o Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o período de 2025 a 2029. O documento reforça a necessidade de desenvolver estratégias para manter a eficiência da rede elétrica diante da crescente descentralização da geração de energia.
O plano também destaca a importância de um papel mais ativo por parte das distribuidoras de energia, que devem atuar como Operadoras de Sistema de Distribuição (DSOs) em coordenação com o ONS. O objetivo é estruturar um modelo que permita uma distribuição mais eficiente e segura da energia produzida, evitando quedas e falhas no fornecimento.
Fonte: gazetabrasil