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Uma onda de vandalismo sem precedentes atinge o transporte público da cidade de São Paulo e região metropolitana. Somente nesta quinta-feira (3), a capital registrou 35 novos ataques a ônibus, elevando o total de veículos depredados para mais de 280 desde o dia 12 de junho, segundo dados da Polícia Civil.
A maioria das ocorrências se concentra na zona sul da capital, especialmente nos bairros do Capão Redondo e Campo Belo, onde ônibus tiveram janelas quebradas por pedras ou outros objetos lançados por desconhecidos. Em um dos casos mais graves, uma passageira foi atingida no rosto por estilhaços de vidro, na avenida Washington Luís, próximo ao aeroporto de Congonhas.
Os atos criminosos, que começaram na capital paulista, rapidamente se espalharam para cidades da Grande São Paulo e da Baixada Santista, como Embu das Artes, Osasco, Mauá, Santo André, Taboão da Serra, São Bernardo do Campo, Cubatão e Santos.
Até agora, a distribuição de ônibus vandalizados é a seguinte:
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São Paulo: 235
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Santo André: 13
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Osasco: 12
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Santos: 11
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Taboão da Serra: 6
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São Bernardo do Campo: ao menos 2
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Mauá: 1
A Polícia Civil investiga se há ligação com desafios propagados na internet, e já está monitorando redes sociais. As autoridades também apuram se os ataques têm relação com ações coordenadas por grupos organizados ou se são casos isolados de motivação pessoal.
Com quase 2% da frota total de 12 mil ônibus da capital danificada, a SPTrans determinou que os veículos danificados sejam substituídos por ônibus da reserva técnica. Se isso não ocorrer, as empresas responsáveis são penalizadas.
Em resposta à escalada de violência, a Secretaria da Segurança Pública anunciou o reforço no patrulhamento e marcou reuniões com empresas de transporte para definir novas estratégias de enfrentamento. Imagens do programa Smart Sampa também estão sendo analisadas para identificar os responsáveis pelos ataques.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores pressiona por medidas urgentes. “Precisamos de ações imediatas para proteger trabalhadores e passageiros”, declarou um representante da categoria.
Apesar do alto número de ataques, a PM registrou apenas sete boletins de ocorrência, todos em 8 de junho, e informou ter recebido 12 chamados via 190 referentes a esse tipo de crime.
Fonte: gazetabrasil