Quase um ano depois de anunciar a chegada ao Brasil, a dupla chinesa Omoda Jaecoo postergou o início das vendas de seus carros por aqui. Em coletiva nesta sexta-feira (9) durante o Festival Interlagos, as marcas confirmaram que a estreia dos veículos ficará para o primeiro trimestre de 2025. Havia a expectativa que o Omoda 5 chegasse neste mês agosto e o Jaecoo 7, em outubro.
Segundo Felipe Amaral, head de estratégia de vendas e desenvolvimento de rede da Omoda Jaecoo no Brasil, uma conjunção de fatores desde a cadeia logística (escolha do porto de importação, local do estoque de carros e distribuição) até a demora na nomeação dos concessionários, motivou o atraso.
Inicialmente as vendas começarão com os modelos importados da China, mas a Omoda Jaecoo confirma que montará carros no Brasil a partir de 2025 em regime CKD (onde o veículo importado chega em partes e é montado aqui) – basicamente como funciona a fábrica da Audi no Paraná.
O local ainda não foi oficializado, mas há grandes chances das chinesas arrendarem a planta da Caoa Chery em Jacareí (SP), fechada há quase três anos desde o fim da produção do Tiggo 3X. Autoesporte apurou que o investimento será de US$ 300 milhões para a fábrica, mais de R$ 1,5 bilhão na conversão direta. Vale lembrar que, apesar da operação independente e sem ligação com a empresa brasileira, tanto Omoda quanto a Jaecoo pertencem ao Grupo Chery. A unidade fabril desativada da Troller, em Horizonte (CE), também foi cogitada, porém a negociação não avançou.
Representantes das marcas dizem que “não dá para ser relevante no Brasil sem uma fábrica na região”. O país também será base de exportação para a América do Sul. A expectativa é emplacar 30 mil unidades por ano.
As marcas falam oficialmente em um aporte de R$ 200 milhões para a primeira fase da operação de venda de carros no Brasil. O plano das fabricantes de lançar entre oito e dez produtos diferentes até dezembro de 2026, todos SUVs.
O que não muda são os dois primeiros carros a estrear no Brasil. Já previstos anteriormente, os Omoda 5 e Jaecoo 7 vão ser os dois modelos que darão o pontapé inicial das marcas por aqui. Com porte de Jeep Compass, o Omoda 5 tem 4,40 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,58 m de altura e 2,63 m de entre-eixos.
A versão micro-híbrida tem o mesmo conjunto mecânico dos Caoa Chery Tiggo 5X e Tiggo 7. Portanto, similar ao motor 1.5 turboflex de 160 cv e 25,5 kgfm de torque ligado à uma bateria de 48V que auxilia funções como a partida do veículo.
Há ainda uma versão elétrica com 204 cv e 34,7 kgfm de torque. O conjunto de baterias de 61 kWh rende uma autonomia de 450 km no ciclo europeu WLTP. Na homologação do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o número deve ficar perto de 350 km.
No caso do Jaecoo 7, flagrado em testes recentemente no Brasil, estamos falando de um potencial rival de BYD Song Plus e GWM Haval H6. Mas com porte um pouco menor. Enquanto a dupla chinesa tem comprimento na casa dos 4,70 metros e entre-eixos perto de 2,75 m, o Jaecoo 7 está mais próximo de um Jeep Compass. São 4,50 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos.
A motorização será híbrida plug-in, mas detalhes de potência, torque, tamanho da bateria e autonomia no modo elétrico ainda são um mistério. Por enquanto, a Jaecoo revelou apenas que o motor a combustão será uma unidade 1.5 turbo de quatro cilindros.
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Fonte: direitonews
