Oficial à Sputnik: Hamas não se opõe às negociações com Israel, mas exige cessar-fogo total em Gaza


Na semana passada, Egito, Catar e Estados Unidos pediram a Israel e ao Hamas que retomassem as negociações sobre o fim da guerra na Faixa de Gaza. Os líderes dos três países enfatizaram que estão prontos para apresentar uma proposta final e alcançar um acordo. O representante do Hamas no Líbano, Ahmed Abdel Hadi, disse à Sputnik que o movimento palestino não participaria das negociações.
“O movimento [Hamas] não rejeita o princípio das negociações como tal, ao contrário das declarações feitas pela propaganda sionista [israelense], e exige um plano operacional que assegure o sucesso desses esforços e leve a uma cessação efetiva da agressão”, alegou.
Segundo ele, qualquer negociação deve ser baseada em um plano claro sobre como implementar as ações acordadas. O oficial também expressou sua preocupação de que Israel possa dificultar as negociações para continuar com os confrontos militares no enclave.
Um soldado israelense salta do topo de um tanque em uma área perto da fronteira entre Israel e Gaza, no sul de Israel, 24 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2024

“O movimento acredita que o verdadeiro obstáculo para uma cessação de hostilidades é a contínua evasão de Israel e o apoio incondicional que a administração dos Estados Unidos lhe concede, pois está indissoluvelmente ligado à posição de [Benjamin] Netanyahu“, disse Badran.
O Hamas tem respondido repetidamente às iniciativas internacionais de cessação de hostilidades, incluindo a proposta do presidente dos EUA, Joe Biden, e as relevantes resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentou o oficial.

“No entanto, a força de ocupação [Israel] continua se recusando a fazer um acordo concreto e insiste em continuar seus crimes na Faixa de Gaza, ignorando todos os apelos para parar a guerra. Qualquer acordo deve incluir uma cessação completa das hostilidades, uma retirada total das tropas da Faixa de Gaza, o retorno dos deslocados e reconstrução, assim como a troca de prisioneiros”, afirmou Badran.

Em 7 de outubro de 2023, Israel foi atacado pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza. Em retaliação, o Estado judaico lançou operações militares no enclave palestino e anunciou um bloqueio completo do território que dura quase dez meses. O Ministério da Saúde do enclave informou que o número de mortes devido aos ataques israelenses já ultrapassou 39.900.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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