“Temos países que bloqueiam constantemente temas relacionados à Rússia e também os países africanos ainda enfrentam um certo preconceito dentro dos âmbitos da ONU. Então, a probabilidade de que haja alguma grande movimentação sobre isso, acredito que não exista essa possibilidade. Mas dentro de outros âmbitos [nas Nações Unidas], como a Assembleia Geral, pode haver aí uma mobilização um pouco maior, mas de forma objetiva”, declarou.
Qual é a importância da África no cenário mundial?
“O continente africano, por si só também, já é muito interessante, a gente tem todos esses acontecimentos geopolíticos que tomaram lugar nos últimos anos e que não recebem atenção devida também. Então eu acredito que exista essa mistura de ser um continente que tem muito protagonismo interno e intracontinental, que é muito interessante e que também, ao mesmo tempo, recebe esses reflexos do que acontece [no mundo]. A África está muito próxima da Europa, está muito perto da Península Arábica do Oriente Médio e também tem relações muito fortes com a América. Então acaba sendo um continente chave, eu acredito”, resume, ao lembrar também que três países africanos fazem parte do BRICS (Egito, Etiópia e África do Sul), além de a União Africana, que reúne 55 países, ter entrado no ano passado no G20.
OTAN incentiva propagação de ainda mais conflitos na África?
“Esses últimos buscam defender a perspectiva de descolonização, através de parcerias com países como a Rússia. E, por outro lado, não digo nem a Ucrânia, mas o mundo ocidental, que sempre com a desculpa de que estão combatendo terroristas, como no norte da Nigéria, acabam investindo em outros que desrespeitam os limites territoriais de países como Níger e Mali”, enfatiza.

Fonte: sputniknewsbrasil