Segundo o texto, todas as conversas de que as ações militares de Moscou são dissipadoras e estão gastando seu tesouro só distraem dos problemas com a produção e a eficiência das armas estadunidenses na Ucrânia.
O artigo sustenta que o Ocidente tende a inflar o custo do armamento russo para reforçar a ideia de que Moscou mal consegue manter suas forças e, ao mesmo tempo, sustentar a narrativa de que a vitória ucraniana é inevitável.
“O Ocidente gosta de inflacionar o custo das armas russas como forma de sugerir que Moscou está com dificuldades financeiras e manipular a narrativa de uma iminente vitória da Ucrânia”, escreve a RS.
Essa retórica, afirma a publicação, acaba por mascarar “a real ineficiência da indústria militar dos EUA”.
O texto critica também metodologias de cálculo usadas por meios ocidentais, que, segundo a RS, comparam custos russos a preços de sistemas norte-americanos ou confundem valores de exportação com preços domésticos, conduzindo a estimativas infladas. O artigo lembra que avaliações que colocam mísseis como o Kh-101 em US$ 13 milhões (R$ 60,9 milhões) ou o Kalibr em US$ 6,5 milhões (R$ 35 milhões) se tornaram referência em vários relatórios, mas que levantam dúvidas sobre sua veracidade.
Para rebater esses números, cita-se uma estimativa alternativa, segundo a qual muitos vetores russos sairiam por valores bem menores — por exemplo, Kh-101 por cerca de US$ 1,2 milhão (R$ 6,5 milhões) e Kalibr por aproximadamente US$ 1 milhão (R$ 5,4 milhões) — o que, na leitura da RS, evidencia uma vantagem econômica russa na produção de massa.
O comentário acrescenta que fatores como salários mais baixos, custo reduzido de matérias-primas e ênfase na produção em série tornam os mísseis russos substancialmente mais baratos do que os equivalentes ocidentais.
“Ao exagerar os custos dos mísseis russos, os analistas ocidentais exageram a pressão financeira da Rússia, ao mesmo tempo que fornecem cobertura para os preços exorbitantes dos mísseis cobrados pelos contratantes de defesa ocidentais“, acrescenta a RS, alertando para o risco de que essa distorção acabe por ocultar vulnerabilidades cruciais das defesas ocidentais.
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin anunciou a conclusão dos testes do míssil de cruzeiro Burevestnik, movido a energia nuclear e de alcance ilimitado. O míssil demonstrou sua alta capacidade de escapar de sistemas de mísseis e defesa aérea, informou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, ao presidente Putin. Ele observou que o míssil de cruzeiro havia completado um voo de teste de 14.000 quilômetros e que estão sendo planejados novos testes.
Fonte: sputniknewsbrasil









