O que Putin falará em sua mensagem anual à Assembleia Federal russa?


Dirigir-se à Assembleia Federal, ao Parlamento russo, que inclui a Duma de Estado e o Conselho da Federação (câmara baixa e câmara alta, respectivamente), com mensagens anuais sobre a situação do país e sobre os principais rumos da política interna e das relações exteriores é um dos poderes do presidente, consagrado no artigo 84 da Constituição russa.
Durante esse evento, o chefe de Estado geralmente:

resume os resultados do ano;

expõe os aspectos mais importantes das políticas externa e interna;

compartilha sua visão da situação do mundo;

comenta iniciativas do Legislativo;

aponta o vetor que gerará maior expectativa de desenvolvimento no país.

Embora os temas não sejam precisamente conhecidos com antecedência, nesta ocasião o chefe de Estado informou que se tratará de uma declaração que vai expor objetivos para os próximos seis anos.
As mensagens geralmente têm caráter consultivo e não são atos jurídicos, mas nos últimos anos adquiriram o caráter de iniciativas legislativas, contendo instruções específicas do presidente ao governo.
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Em 2018, o evento teve questões relacionadas ao armamento como pauta principal, especificamente o sistema de mísseis estratégicos Sarmat; um míssil de cruzeiro de alcance ilimitado; o sistema de mísseis hipersônicos Kinzhal; o sistema de mísseis com o veículo planador hipersônico Avangard; e um sistema de ataque a laser.
Na ocasião, o líder russo sublinhou que as novas armas foram criadas em resposta às ações dos Estados Unidos, que já começavam a implantar seus sistemas de defesa antimísseis no território de outros países próximo à Rússia.
Já em 2023, Putin anunciou que a Rússia estava suspendendo a sua participação no Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START, na sigla em inglês), criado para travar a corrida armamentista entre a Rússia e os Estados Unidos. O presidente também abordou a questão da operação militar especial na Ucrânia, explicando detalhadamente as razões da sua deflagração e prometendo ajuda e apoio aos seus participantes. Além disso, o líder russo criticou a Europa e os Estados Unidos pelas suas tentativas de armar a Ucrânia.

Fonte: sputniknewsbrasil

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