O que mantém os submarinos australianos em terra, não obstante a transição para o nuclear?


Embora a Marinha insista que seus seis submarinos da classe Collins, que exigem US$ 740 milhões (R$ 3,69 trilhões) para operar este ano, continuam sendo uma “capacidade letal”, uma investigação estabeleceu que a Marinha do país não cumpriu seus objetivos operacionais.

“A Marinha australiana, que está lutando para manter sua frota de submarinos envelhecida na água, tinha apenas um submarino pronto para operar no início deste ano, levantando dúvidas sobre sua capacidade de executar um programa nuclear muito mais complexo”, diz o artigo.

Apesar do plano do AUKUS de alocar US$ 368 bilhões (R$ 1,83 trilhão) para construir uma frota de submarinos de propulsão nuclear, a Marinha vai depender dos Collins como sua força de combate pelo menos na próxima década e possivelmente por mais tempo, afirma a ABC News.
Submarino da classe Soryu Hakuryu é visto atracado na base naval de Sydney, Austrália, em 15 de abril de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2023

Os especialistas estudaram a situação e concluíram que só “dois dos seis submarinos da Marinha estavam em operação”, enquanto apenas um estava operacional no início deste ano.
Os outros quatro estavam em reparo devido a incêndios, inundações e outros problemas.
Além disso, de acordo com o artigo, o sigilo nos relatórios públicos encobre uma forte dependência de especialistas estrangeiros para comandar os submarinos.

“Nos últimos três anos, quatro capitães de Marinhas estrangeiras foram encarregados dos submarinos da Austrália”, escreve.

O presidente Joe Biden, ao centro, fala enquanto o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, à esquerda, e o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak escutam na base naval de Point Loma, em San Diego, 13 de março de 2023, ao revelarem o AUKUS, um pacto trilateral de segurança entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. - Sputnik Brasil, 1920, 18.04.2023

Marcus Hellyer, que trabalhou no programa de submarinos no Departamento de Defesa da Austrália, diz que a frota dos Collins inevitavelmente vai passar mais tempo fora da água na próxima década.

“Os sistemas antigos têm uma série de problemas. Só o fato de levá-los ao mar já é um problema, quanto mais ser a força de combate da linha de frente“, diz ele.

Ilustração do futuro submarino porta-mísseis da classe Columbia - Sputnik Brasil, 1920, 06.04.2023

O artigo também assegura que, nessas circunstâncias, a Austrália vai perder sua posição estratégica no Indo-Pacífico, já que não terá submarinos nucleares até a década de 2030.
Mesmo com o Reino Unido e os EUA construindo um submarino de propulsão nuclear para a Austrália, algumas autoridades questionam se é uma boa decisão depender dos aliados.

Fonte: sputniknewsbrasil

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