“Não podemos continuar com as organizações multilaterais funcionando no mesmo molde que começaram”, criticou o chefe do Executivo brasileiro. “É preciso ter inovação nas instituições criadas depois da Segunda Guerra Mundial para que a gente possa fortalecer a democracia e o multilateralismo.”
“As estruturas do Banco Mundial e do FMI sustentam um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo mais desenvolvido. Os fluxos de ajuda internacional caíram, e o custo da dívida dos países mais pobres aumentou. O modelo neoliberal aprofunda as desigualdades. Três mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões [R$ 35,2 trilhões] desde 2015. Justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis”, defendeu Lula.
“Mesmo nos termos atuais, as distorções são inegáveis. Para fazer jus ao nosso peso econômico, o poder de voto dos membros do BRICS no FMI deveria corresponder, pelo menos, a 25%, e não aos 18% que detemos atualmente”, argumentou Lula.
“Sua paralisia e o recrudescimento do protecionismo criam uma situação de assimetria insustentável para os países em desenvolvimento. Não será possível restabelecer a confiança na OMC sem promover um equilíbrio justo de obrigações e direitos que reflita adequadamente os interesses de todos os seus membros.”
Fonte: sputniknewsbrasil