Novo Volkswagen Golf é revelado com mudanças e chance de voltar ao Brasil


Em um momento no qual fabricantes europeias estão decretando a morte de vários carros a combustão, ver o Volkswagen Golf comemorando 50 anos de existência dando sobrevida a suas versões clássicas com motores térmicos é um sopro de ar fresco (por mais contraditório que possa parecer) a seus fãs mais tradicionais.

A linha 2024 do hatch médio foi lançada na Europa na noite desta quarta-feira (23). Ela chega com uma pequena atualização visual e ganhos maiores em termos de motorização e tecnologia, a fim de comemorar as cinco décadas de “vida”. O Golf chega ao facelift de sua oitava geração como um “cinquentão” que ainda quer ter muito a oferecer.

E se dizem que os 50 são os novos 30, o Golf quer usar o seu cinquentenário para mostrar mais traços de modernidade que de tradição. Para isso, traz trens de força eletrificados para ficar, ao mesmo tempo, mais econômico e potente em praticamente todas as configurações. Também adotou novas tecnologias de segurança e conectividade. Tudo sem perder a aura tão característica de hatch médio.

Visualmente, pouca coisa. O novo Volkswagen Golf não trocou sequer o desenho externo do conjunto óptico, algo raro em uma atualização de meia vida.

A novidade fica por conta dos novos recortes internos do para-choque dianteiro e uma nova base para o para-choque traseiro, além de novos arranjos internos para faróis e lanternas, estes integralmente de LED com função IQ Light, dotados de sistema matrix na dianteira e efeito 3D na traseira. Há, por fim, desenhos inéditos de roda. E é só.

Vale observar que os desenhos do para-choque frontal mudam de acordo com a opção. Nos esportivos GTi e GTE, as tomadas de ar são mais agressivas e as luzes de neblina ficam “encravadas” dentro das colmeias. A peça da perua Golf Variant é similar, mas com apliques em preto brilhante no lugar dos LEDs de neblina e divisórias internas em formato de losango, e não de colmeia. Nas demais versões, o recorte fica mais comportado e a área pintada na cor da carroceria aumenta.

Os compradores poderão optar, ainda, por incluir no pacote um logotipo dianteiro luminoso. Contudo, a marca alemã preferiu gastar mais o seu latim (ou melhor, seu germânico) em outras áreas de tecnologia e em melhorias em suas motorizações, apostando especialmente no auxílio dos sistemas híbridos leve de 48 Volts (MHEV) e plug-in (PHEV).

Por exemplo, a versão esportiva GTi deve ter a potência de seu motor 2.0 turbo a gasolina da família EA888 aumentada de 245 para 265 cv, enquanto o esportivo híbrido plug-in (PHEV) GTE pode chegar a 272 cv com o motor 1.5 TSI Evo2 – sim, o mesmo que será flex no Brasil nos próximos anos – aliado a outro motor elétrico em uma configuração híbrida plug-in.

Esse mesmo motor está presente na variante eHybrid, também híbrida com recarga externa, porém em uma calibração mais mansa, de até 204 cv combinados. Todas essas continuam gerenciadas pelo conhecido câmbio DSG, automático de dupla embreagem e sete marchas.

Já as versões “civis” contarão com motores 1.0 e 1.5 TSI híbridos leves (eTSI) de 115 e 150 cv, respectivamente. Há, ainda, opções 2.0 turbo somente a combustão, de 204 cv e tração integral, e 2.0 turbodiesel também com 115 ou 150 cv.

A Volkswagen afirma que as configurações híbridas plug-in podem chegar a uma autonomia de 1.000 km por reabastecimento, sendo 100 km de alcance em modo apenas elétrico, segundo o padrão europeu de medição WLTP. Isso porque as baterias de íons de lítio tiveram sua capacidade aumentada de 10,6 para 19,7 kWh.

A capacidade de recarga rápida (DC) é de até 50 kW, enquanto a lenta (AC), via wallbox, pode chegar a 11 kW. Por fim, o Golf R, opção mais envenenada de todas, e que está sendo estudado para o Brasil, ainda não foi oficialmente apresentado, mas estima-se que extraia até 330 cv do mesmo motor 2.0 TSI EA888. Já o futuro Golf GTI Clubsport deve chegar a 300 cv.

Internamente, o novo Volkswagen Golf não promove uma revolução, mas recebe mudanças importantes, como a adoção da central multimídia MIB4, de até 12,9 polegadas, mais moderna e rápida, que inclui comando de voz inteligente e integração com inteligência artificial via ChatGPT.

Inclui, ainda, um assistente de estacionamento totalmente autônomo, capaz de controlar volante, acelerador e freio, além de calcular a largura ou comprimento da vaga para saber se o carro cabe de fato nela.

Uma correção de rota do novo Volkswagen Golf foi a volta do volante com botões físicos nos raios laterais, em substituição aos comandos touch presentes anteriormente – e que vêm sendo rejeitados por consumidores mundo afora.

Em dimensões, o novo Volkswagen Golf medirá os mesmos 4,28 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,49 m de altura e 2,64 m de entre-eixos de outrora, sendo 380 litros de volume no porta-malas.

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Fonte: direitonews

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