Novo Salão do Automóvel terá venda de carros e estandes padronizados


Faz tempo que vem crescendo a expectativa quanto ao retorno do Salão do Automóvel de São Paulo, descontinuado após a edição de 2018. A volta do evento é uma das bandeiras do atual presidente da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, e vem sendo cobrada até pelo presidente Lula.

Oficialmente, Lima Leite afirma que o Salão do Automóvel voltará entre o fim deste ano e o começo do próximo. Autoesporte apurou que, nas últimas reuniões da Anfavea, as montadoras associadas já teriam concordado em estabelecer o evento em março de 2025, pois não haveria mais tempo hábil para organizar um evento tão grande em menos de seis meses.

Há até quem defenda sua realização em novembro do ano que vem, mantendo a tradição de ter o Salão casado com o GP do Brasil de Fórmula 1. Contudo, a Anfavea tem preferência por fazer o evento antes do fim do mandato de Lima Leite, que termina em abril do ano que vem.

Fontes informaram à reportagem que o volume de reuniões a respeito se intensificou nas últimas semanas. Nelas, os executivos das marcas cobram definições rápidas. Em comum, um objetivo: criar um evento que permita a comercialização dos modelos expostos e que não tenha custos exorbitantes. Para isso, algumas regras serão estabelecidas.

Por exemplo, já teria sido acordada a adoção de estandes padronizados para todos os participantes, com as mesmas metragens e divisões. Também está em estudo a proibição de ações de alto custo, como shows com artistas famosos ou ações promocionais grandiosas dentro do evento.

As associadas também já teriam concordado em convidar para a mostra marcas não ligadas à Anfavea, como as chinesas BYD e GWM. Nos bastidores, ainda há alguma resistência interna quanto a essa decisão, mas é ponto pacífico que um novo Salão não se justifica sem a participação dessas marcas.

Também há discordância quanto aos limites das ações de marketing. Enquanto marcas de luxo, como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche, sabem que a possibilidade de contato com seus produtos é, por si, um ótimo chamariz — e, portanto, defendem regras mais restritivas —, outras generalistas defendem que haja uma maior flexibilidade de ações para atrair mais público.

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Por fim, falta resolver a questão do local. O grande desejo da Anfavea seria realizar o novo Salão do Automóvel no Anhembi, Zona Norte de São Paulo, local que historicamente recebeu o maior número de edições do evento, entre 1970 e 2016. Só que o espaço se encontra em reforma e a previsão de conclusão é para maio de 2025, portanto após o evento.

O projeto de reforma do Anhembi prevê um “cronograma especial para garantir que o espaço continue a receber eventos”, o que pode permitir a realização do Salão mesmo com as obras em curso. Uma das precauções da Anfavea é garantir que essa reforma não imponha muitos limites logísticos. Por isso o SP Expo, na Zona Sul da cidade, que recebeu as duas últimas edições da mostra (2016 e 18), ainda não está descartado como plano B.

Com as discussões na reta final, Autoesporte apurou que fabricantes como Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram), Volkswagen, Renault, BYD, Chevrolet e Audi já teriam teriam dado o ok para participar do novo Salão do Automóvel de São Paulo.

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Fonte: direitonews

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