Nome de peso dentro do calendário de lançamentos da Porsche para os próximos meses, o Cayenne de nova geração do está cada vez mais perto de ser revelado. Completamente reformulado, o SUV de luxo ganhará propulsão elétrica e vai estrear uma série de tecnologias para romper paradigmas dentro do segmento. A própria marca dá pistas e adianta que, entre outras novidades, o modelo contará com itens compartilhados com carros de corrida.
É o caso, por exemplo, do sistema de refrigeração direta a óleo do motor elétrico, que será o mesmo empregado no 99X Electric (veículo de alta performance da equipe Porsche na Fórmula E). “A Fórmula E é o nosso laboratório de desenvolvimento para a eletromobilidade do futuro. É aqui que obtemos informações valiosas para os nossos carros de passeio esportivos”, afirma Michael Steiner, membro do setor de pesquisa e desenvolvimento da marca.
De acordo com a Porsche, a chegada do Cayenne Electric servirá para representar como funciona a ousada estratégia de transferência de tecnologia das corridas elétricas para a produção em série de veículos. A sinergia pode ser vista na prática na fábrica de Weissach, na Alemanha, onde os engenheiros que desenvolvem os sistemas para o setor de automobilismo trabalham em colaboração direta com as equipes de carros de passeio.
Entre outros destaques, o Cayenne Electric importará da Fórmula E a tecnologia de resfriamento direto a óleo para o motor elétrico. Dentro desse sistema, todos os componentes condutores de corrente do conjunto de acionamento elétrico são resfriados diretamente por um líquido especialmente desenvolvido, o que melhora significativamente a eficiência e o desempenho contínuo.
A Porsche explica que a principal vantagem do recurso é dissipar o calor diretamente onde ele é gerado. Depois de ser usado nas pistas e em testes no GT4 e-Performance, o sistema entrará em produção em série por meio do Cayenne Electric. A marca fala em até 98% de eficiência.
Além do moderno sistema de resfriamento, o Cayenne Electric alcançará até 600 kW de potência de recuperação, dependendo da velocidade, temperatura e estado de carga da bateria. Com isso, o SUV atingirá o mesmo valor máximo do 99X Electric. A energia recuperada durante a frenagem alimentará a bateria e poderá ser usada novamente para propulsão.
Na prática, a ampla capacidade de regeneração resultará em maior autonomia e, em última análise, permitirá o uso de baterias menores e mais leves, otimizando o desempenho final.
No quesito recarga, a Porsche explica que o Cayenne Electric já nascerá preparado para usar pit stops de carregamento (os mesmos já adotados na Fórmula E). Nos Pit Boosts, como são chamados, o SUV gastará menos de 16 minutos para carregar a bateria de 10 a 80% do estado de carga. Em 10 minutos, será possível adicionar mais de 300 km de autonomia. A potência de carregamento DC será de até 400 kW.
Com o Cayenne Electric, a Porsche será a primeira fabricante de automóveis do mundo a lançar no mercado um sistema de carregamento de 11 kW com uma base integrada para veículos elétricos. Batizada de “One-Box”, a tecnologia permitirá a recarga sem fio de veículos por meio da placa de carregamento Porsche Wireless Charging.
A peça mede 117 cm de comprimento, 78 cm de largura e 6 cm de altura, e pode ser instalada em garagens, vagas cobertas ou estacionamentos ao ar livre (sempre conectada à rede elétrica). Para o carregamento, basta estacionar o Cayenne sobre a placa. A transferência de energia acontece pelo ar através de um campo magnético.
No processo, a suspensão do modelo abaixa automaticamente e a recarga ocorre a poucos centímetros de distância. A placa possui um detector de movimento e um sensor de objetos estranhos, podendo interromper automaticamente o funcionamento em caso de perigo.
A base também é adequada para uso externo. Segundo a Porsche, todos os componentes ativos ficam protegidos contra chuva e neve. Mesmo que o motorista venha a passar com o veículo sobre a placa, não haverá danos significativos.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews





