Até hoje tem quem torça o nariz para o Porsche Cayenne, mas não há como negar a importância do SUV na história da marca alemã. Afinal de contas, se o modelo não tivesse sido lançado em 2002, dificilmente a Porsche ainda estaria fazendo carros.
O modelo que salvou a marca alemã da falência se tornou um sucesso de vendas, com mais de 1,25 milhão de unidades comercializadas desde sua estreia. No Brasil, o SUV respondeu por quase 30% das 3.202 unidades comercializadas em 2022.
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Esse volume pode crescer com a estreia da reestilização de meia vida, que foi apresentada globalmente em abril e acaba de estrear no país nas versões S, e-Hybrid, Turbo e-Hybrid e Turbo GT. Seguem em linha as duas opções de carroceria: SUV e Coupé.
Após ter o primeiro contato com a remodelada versão Turbo GT nos Estados Unidos, Autoesporte andou no Cayenne S. A configuração retorna ao mercado brasileiro com uma importante novidade: a adoção do motor V8 4.0 biturbo de 474 cv e 61,2 kgfm. Anteriormente, o SUV tinha um 3.0 V6 de 340 cv e 45,9 kgfm.
Por ele, a Porsche pede R$ 810 mil na carroceria SUV. A conta fica R$ 30 mil mais cara se o cliente preferir o Cayenne S Coupé. Vale lembrar que existe uma versão abaixo, a e-Hybrid, que parte de R$ 690 mil e acaba de entrar em pré-venda juntamente com a variante mais potente de todos os tempos do Cayenne, a Turbo e-Hybrid, que tem preço de R$ 1.135 .000.
*pré-venda
Nada como o som do V8
Nosso primeiro contato com o Cayenne S incluiu estradas, uso em pista e até em uma trilha off-road leve. Independente da condição, o SUV se mostrou muito confortável.
A suspensão pneumática adaptável agora tem duas câmaras e duas válvulas, o que, segundo a Porsche, proporciona maior diferenciação entre os modos de condução.
Fato é que o Cayenne é bom de curva como poucos SUVs da categoria. Pouco se nota a inclinação da carroceria e a direção bastante direta honra a tradição da Porsche. O motor V8 biturbo entrega agilidade incomum para um veículo que pesa mais de duas toneladas.
Para deleite de quem está ao volante (e longe dele também), o ronco do V8 se faz bastante presente na cabine, mesmo com o isolamento acústico de ótima qualidade.
O som borbulhante nas reduções de marcha do câmbio automático de oito velocidades me fazem pensar quem optará pela versão elétrica do Cayenne, que chegará em dois anos para fazer sombra às configurações com motores híbridos e a combustão, que seguirão em linha.
Quem já entrou em um Taycan se sentirá em casa no Cayenne. Vários elementos foram trazidos do sedã elétrico da Porsche.
Além do vistoso painel digital de 12,6 polegadas, a central multimídia tem uma tela tátil de 12,3 polegadas e um visual tão sóbrio quanto intuitivo, que facilita a navegação pelos menus. Opcionalmente, o veículo pode ter uma terceira tela, esta com 10,9 polegadas, à frente do banco do passageiro.
A extensa lista de equipamentos inclui itens como rodas de liga leve (de 21 ou 22 polegadas), pacote Sport Chrono e sistema de som Bose com 14 alto-falantes, mas desconfio que nenhuma música será melhor do que a clássica sinfonia dos oito cilindros em “V”.
A próxima geração do Cayenne já tem pelo menos uma informação confirmada: ela não vai queimar gasolina.
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Fonte: direitonews