Novo Honda Civic vende 16 unidades em 3 meses: fracasso ou falta carro?


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Honda Civic e Toyota Corolla protagonizaram uma disputa histórica no mercado de sedãs médios durante décadas no Brasil. Mas essa disputa chegou ao fim. O novo Civic, que agora é comercializado somente com motor híbrido e custa quase R$ 250 mil, vendeu apenas 16 carros nos últimos três meses, enquanto o rival emplacou 11.454 no período — e reina sozinho no topo do segmento.

Modelos como Chevrolet Cruze, que logo vai sair linha, Caoa Chery Arrizo 6 e até o premium Audi A3, venderam mais do que o Civic neste ano.

A resposta é: poucas unidades. O sedã, agora importado da Tailândia, vem em lotes pequenos para o Brasil e por isso só totaliza 324 vendas no acumulado de 2023 — até o fechamento de julho. Lembrando que o Civic era fabricado por aqui desde 1997.

Autoesporte ligou em diversas concessionárias e não tem o carro para pronta-entrega em nenhuma. Algumas têm previsão de receber poucas unidades entre agosto e setembro e outras sequer conseguem dar prazo — existem lojas sem receber o Civic há mais de três meses.

Questionamos a Honda do Brasil sobre a situação e se há previsão de importar mais carros, mas até o momento desta publicação não houve retorno.

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Para efeitos de comparação, neste mesmo período do ano passado, o Civic tinha emplacado 1.981 exemplares, ou 83,6% a mais do que neste ano. E se for voltando no tempo a diferença fica ainda maior: em 2021 eram 10.538 carros licenciados até o final de julho, já em 2020, a soma era de 20.447.

Autoesporte já testou o novo Honda Civic e fez três comparativos com o sedã. Para ler, basta clicar nos links abaixo:

A única versão do sedã agora custa R$ 244.900.

O conjunto de motores é formado por um propulsor 2.0 aspirado a gasolina e outros dois elétricos. Um deles atua como gerador, transformando a energia cinética do propulsor aspirado em elétrica, abastecendo uma pequena bateria de 1 kWh posicionada logo à frente do eixo traseiro. O outro recebe essa energia e envia para as rodas, portanto, é um motor de tração.

O Civic pode ter 143 cv e 19,1 kgfm do 2.0 aspirado ou 184 cv e 32,1 kgfm do motor elétrico. A Honda não divulga a potência combinada. Mas quando cada um funciona? É só clicar aqui.

Apesar de esse conjunto de motores elétricos ser chamado de E:CVT, não há nenhuma caixa de câmbio. A atuação do motor a gasolina se dá por uma embreagem de relação fixa que funciona como uma espécie de Overdrive.

Em nossos testes, o sedã fez 26,9 km/l no ciclo urbano e 21,9 km/l no rodoviário. Considerando que o tanque de gasolina tem 40 litros, a autonomia na cidade pode superar os 1.000 km.

O sedã cresceu pouco em relação a geração anterior: 4 cm no comprimento, 3 cm na largura e 3,5 cm no entre-eixos. O total é de 4,68 m de comprimento, 1,80 m de largura e 2,73 m de entre-eixos. Já o porta-malas encolheu 22 litros, ficando agora com 495 litros de capacidade.

Entre os principais equipamentos de série, os destaques vão para: seis airbags, além dos dois duplos obrigatórios, há dois laterais dianteiros, dois laterais traseiros e os dois de cortina, bancos dianteiros com ajustes elétricos para motorista e passageiro, chave presencial com partida por botão, ar-condicionado digital de duas zonas, teto solar, central multimídia com tela de 9 polegadas com Apple CarPlay sem fio e Android Auto (com a necessidade de conectar o aparelho por cabo), faróis full-led.

Ainda há o Honda Sensing, pacote de auxílios à condução, um dos mais avançados do mercado e estreante no sedã médio. Há frenagem automática de emergência, alerta de saída de faixa com correção no volante e faróis com facho alto adaptativo. O controlador de velocidade adaptativo, além das funções tradicionais como seguir o veículo da frente com uma distância pré-programada, ainda é capaz de parar completamente o Civic e retomar a marcha assim que o trânsito ficar livre novamente.

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Fonte: direitonews

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