Novo estudo indica que Universo entrou em fase de desaceleração, desafiando teorias atuais


Se confirmados, os resultados podem abrir um novo capítulo na busca pela verdadeira natureza da energia escura, resolver a “tensão de Hubble” e compreender o passado e o futuro do Universo, escreve portal Sci News.
Durante as últimas três décadas, astrônomos acreditaram que o Universo se expandia em ritmo acelerado, impulsionado pela energia escura, um fenômeno invisível que atua como uma antigravidade. Esta conclusão, baseada em medições de distância de galáxias usando supernovas tipo Ia, rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011.
No entanto, a equipe coreana apresentou novas evidências de que as supernovas tipo Ia, consideradas “velas padrão” do Universo, são na realidade fortemente afetadas pela idade de suas estrelas progenitoras.
É importante ressaltar que as supernovas tipo Ia são consideradas padrão por possuírem brilho intrínseco quase uniforme, permitindo calcular distâncias de suas galáxias hospedeiras e estudar a expansão universal.
Os pesquisadores constataram que, mesmo após normalização de luminosidade, supernovas de populações estelares mais jovens aparecem sistematicamente mais fracas, enquanto as de populações mais antigas parecem mais brilhantes.
Representação da formação de uma estrela com o disco de acreção composto de gás e poeira girando em torno dela - Sputnik Brasil, 1920, 09.10.2025

Quando esta variável foi considerada, os dados deixaram de se alinhar com o modelo existente onde a energia escura existe como constante cosmológica. A conclusão veio da análise de cerca de 300 galáxias hospedeiras de supernovas.
“Através dos dados modificados da supernova, mostramos que o Universo atual já entrou em fase de expansão desacelerada. Isto é consistente com resultados previstos da análise de oscilações acústicas de bárions (BAO), combinada ou não com radiação cósmica de fundo (CMB)”, disse o professor Lee Young-Wook, líder da pesquisa.
Os dados corrigidos das supernovas e resultados do BAO+CMB indicam que a energia escura enfraquece e evolui significativamente com o tempo.
Para confirmar os resultados de forma mais direta, os pesquisadores iniciaram um novo teste. Desta vez, usam apenas supernovas de galáxias jovens e de idade similar, eliminando assim a variável da idade estelar que prejudicou as medições anteriores.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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