F-15 Eagle, F-16 Fighting Falcon e F-22 Raptor. Estes talvez sejam dos caças táticos mais famosos dos Estados Unidos. Estão para a aviação norte-americana como Ernest Hemingway, Edgar Allan Poe e Edith Wharton estão para a literatura daquele país. Ou como Big Mac, Stacker e Baconator estão para o fast-food local.
O conceito do Corvette elétrico desta matéria não traz referências dos engordurados lanches que entopem as artérias do redator e tampouco dos talentosos autores, mas reverencia os jatos de combate estadunidenses. No entanto, se você acha que tal design saiu da mente de alguém que acompanha com afinco as ligas norte-americanas de basquete e de baseball – ou apoia o tarifaço de Trump – enganou-se. O modelo foi desenvolvido pela galera do chá das cinco.
Pois é. O ícone norte-americano foi idealizado pelo estúdio de design da General Motors na Inglaterra, que nos trouxe um olhar futurista bem interessante do Corvette. Mesmo assim, as medidas do conceito são similares às da oitava e atual geração do modelo. Não à toa, tem 4,66 m de comprimento e é 0,2 m mais largo que o C8.
Além da inspiração nos caças de combate, o conceito do Corvette também tem semelhanças com os protótipos da IMSA – categoria de endurance de estirpe nos Estados Unidos. O modelo apresenta entradas de ar gigantescas, permeadas por faixas de LED bem finas. Acima do pontiagudo capô, ao centro, há o emblema fleur-de-lis em preto.
As rodas (22 polegadas na dianteira e 23 na traseira) e as portas “asa de gaivota” dão aquele charme ao conceito, bem como a divisão nos para-brisas – uma alusão ao Sting Ray 1963. Além disso, o carro, segundo a GM, tem estrutura chamada “Apex Vision”, que garante visão panorâmica ao condutor.
A cabine, por sua vez, é minimalista. Os assentos são devidamente moldados à estrutura do carro e temos ainda nessa seara, como destaque, o volante tipo jugo – que, ao menos para o redator, não é lá uma maravilha em termos ergonômicos.
Para completar, segundo a Chevrolet, o Corvette elétrico tem baterias integradas à estrutura na parte inferior. Além disso, conta com dispositivos capazes de reduzir o arrasto sem a necessidade de aerofólio, que, convenhamos, “mataria” o belo visual da traseira. Tal qual o C8, o modelo tem o sistema Aero Duality, capaz de otimizar a aerodinâmica e autonomia.
Embora a fabricante tenha deixado claro que trata-se apenas de um exercício de design, o Corvette conceitual pode dar pistas sobre a nona geração do modelo. Até mesmo porque, em mais de uma oportunidade, a montadora deixou claro que seu futuro é elétrico. E o C9 tem chances reais de seguir à risca tal plano. Com este visual ou não.
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Fonte: direitonews