Após atiçar a curiosidade do público com a divulgação de teasers nos últimos dias, a Audi revela ao mundo nesta segunda-feira (16) a terceira geração do SUV compacto Q3. O novo modelo segue a mesma identidade visual dos irmãos maiores, Q5 e Q6, e chega ao mercado com a missão de repetir o sucesso da linhagem antecessora. Para tanto, aposta forte no pacote tecnológico embarcado e na ampla gama de motorizações (gasolina, diesel e um conjunto híbrido plug-in).
Seguindo tendência já vista em outros lançamentos da marca, o Q3 2026 traz linhas mais dinâmicas, joviais e inspiradas nos elétricos da linha e-tron. A grande questão é que não há versão elétrica (ao menos por enquanto).
Na dianteira, o destaque fica por conta do conjunto de faróis divididos, com LEDs diurnos do tipo pixel na parte superior e luzes principais Matrix (opcionais) logo abaixo. Além disso, a grade está bem mais ampla, abrigando o tradicional logotipo das quatro argolas no centro, enquanto o para-choque recebe nova abertura inferior com pintura contrastante.
Na traseira, as lanternas são separadas na parte superior e, logo abaixo, acompanhadas por uma faixa horizontal contínua em LED. A marca explica que é possível personalizar os gráficos internos alterando a forma como os 36 segmentos diferentes da lanterna são exibidos. Para tanto, seis padrões diferentes estão disponíveis. O conjunto exibe ainda para-choque reformulado, emblema iluminado e ponteiras de escapamentos embutidas.
Visto de perfil, o Q3 2026 exibe rodas redesenhadas para todas as versões e com tamanhos que variam de 17 a 20 polegadas. A Audi diz que a largura dos pneus aumentou de 215 para 235 milímetros, enquanto o coeficiente de arrasto aerodinâmico foi reduzido de 0,32 para 0,30. Além disso, o modelo é o primeiro da marca com vidros acústicos nas janelas laterais dianteiras, oferecendo conforto superior em relação ao modelo anterior.
Por dentro, o painel segue o padrão já visto nos SUVs mais caros da marca, com uma prancha sendo usada para unir quadro de instrumentos de 11,9 polegadas com a central multimídia de 12,8 polegadas. A diferença é que não há a tela para o passageiro.
O volante é multifuncional, mas ainda mantém comandos sensíveis ao toque (solução que contraria tendência já vista em outras marcas, que estão retomando os botões físicos).
Nesta geração, o Q3 passa a ter seletor de marchas posicionado junto ao lado direito da direção e não mais no console central. A mudança, explica a Audi, liberou espaço entre os bancos dianteiros para dois grandes porta-copos, uma bandeja de carregamento por indução refrigerada e duas portas USB. Por conta disso, há uma nova alavanca esquerda multifuncional que incorpora controles para os limpadores de pára-brisa, funções de iluminação e indicadores de seta.
Em termos de espaço, o porta-malas acomoda 488 ou 575 litros de bagagem, dependendo da posição e inclinação dos bancos traseiros. Já com os assentos totalmente rebatidos, são 1.386 litros. Para quem usa reboque, é possível puxar até 2.100 kg. Outras informações de dimensões não foram reveladas.
Ao contrário do principal rival BMW X1, o Q3 2026 não tem versão elétrica (ao menos por enquanto). O portfólio de motorizações é amplo, mas nenhuma versão é movida unicamente por baterias. A gama começa com o motor 1.5 TFSI a gasolina associado a um sistema híbrido leve, entregando 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque. O propulsor promete números animadores de consumo e emissões, contando também com tecnologia de desativação de cilindros. O câmbio é sempre automático de dupla embreagem e sete marchas.
Logo acima, as versões com tração integral quattro têm motor 2.0 TFSI com 265 cv de potência e 40,8 kgfm de força. Para amantes do diesel, o motor 2.0 TDI entrega 150 cv e 36,7 kgfm de torque, também com caixa de sete marchas.
Em vez de uma versão elétrica, o Q3 2026 aposta em uma variante híbrida plug-in (PHEV). A configuração combina o motor 1.5 a gasolina com um propulsor elétrico, totalizando 272 cv e 40,8 kgfm. A bateria tem capacidade de 19,7 kWh, permitindo uma autonomia elétrica de 120 km no ciclo WLTP. Em aparelhos rápidos de corrente contínua de até 50 kW, pode carregar a bateria de 10% a 80% em menos de 30 minutos.
Ao contrário das versões a combustão, o Q3 híbrido adota câmbio automático de seis marchas. A tração é somente dianteira.
Na Europa, as vendas do Q3 2026 serão iniciadas em setembro com preços a partir de 44.600 euros (R$ 283 mil em conversão direta). No Brasil, a expectativa é de que a nova geração seja lançada entre o primeiro e o segundo trimestre de 2026.
Vale lembrar que o Q3 atual é montado na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Não há qualquer definição sobre a continuidade da produção local da nova geração.
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Fonte: direitonews