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Pelo menos nove policiais militares foram presos na manhã desta terça-feira (1º) durante uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que apura a atuação ilegal de agentes como seguranças privados de comerciantes em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os crimes teriam ocorrido entre 2021 e 2024, período em que os investigados estavam lotados no 39º BPM, no município.
Segundo o MPRJ, os PMs prestavam serviços de segurança a estabelecimentos comerciais durante o horário de expediente, em troca de pagamentos dos proprietários — chamados de “padrinhos”. A prática, segundo o órgão, gerava uma relação de dependência econômica e violava os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública.
Entre os estabelecimentos protegidos irregularmente estavam restaurantes, postos de combustíveis, mercados, clínicas, farmácias, funerárias, feiras livres, universidades e até uma unidade do Detran em Belford Roxo.
Atualmente, parte dos policiais investigados continua lotada no 39º BPM. Outros foram transferidos para diferentes unidades, como o 12º BPM (Niterói), 15º BPM (Duque de Caxias), 20º BPM (Mesquita), o Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) e até a Prefeitura de Belford Roxo.
Dois alvos da operação foram presos na própria cidade: um enquanto estava de serviço no quartel e outro, identificado como Rafael da Fonseca Carvalho, foi localizado em sua residência. Mandados também foram cumpridos em Nova Iguaçu, Maricá e nos bairros da Pavuna e Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio.
Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Auditoria da Justiça Militar. Os policiais presos vão responder por organização criminosa.
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
Fonte: gazetabrasil