Um estudo coordenado pela Universidade de Washington descreve este novo tipo de gelo, que a equipe acredita ser formado na superfície e no fundo dos oceanos profundos de algumas luas geladas.
A superfície de Europa está repleta de veias vermelhas que podem ser uma mescla congelada de água e sais, porém sua assinatura química é misteriosa, pois não coincide com qualquer outra substância conhecida na Terra.
© Foto / Journaux et al./PNASEsta imagem mostra o hidrato recém-descoberto que tem duas moléculas de cloreto de sódio para cada 17 moléculas de água. Este cristal foi formado em alta pressão, mas permanece estável em condições de frio e baixa pressão
Esta imagem mostra o hidrato recém-descoberto que tem duas moléculas de cloreto de sódio para cada 17 moléculas de água. Este cristal foi formado em alta pressão, mas permanece estável em condições de frio e baixa pressão
© Foto / Journaux et al./PNAS
A descoberta de novos tipos de gelo salgado é importante não apenas para a ciência planetária, como também para a química, física e energética, que utiliza os hidratos para armazenamento de energia.
A baixas temperaturas, a água e os sais são combinados para formar uma estrutura rígida de gelo salgado, conhecido como hidrato, que se mantém em locais com ligações de hidrogênio.
O único hidrato de cloreto de sódio conhecido até o momento era uma estrutura simples com uma molécula de sal por cada duas de água.
Porém, os dois novos hidratos, encontrados a pressões moderadas e baixas temperaturas, são totalmente diferentes, destaca a universidade.
© Foto / NASA/JPL/JUNOEste satélite mostra as veias brancas ao longo da superfície da Ganímedes, maior lua de Júpiter. A descoberta dos novos tipos de gelo salgados pode explicar os materiais nestas veias e fornecer pistas sobre a composição desta lua
Este satélite mostra as veias brancas ao longo da superfície da Ganímedes, maior lua de Júpiter. A descoberta dos novos tipos de gelo salgados pode explicar os materiais nestas veias e fornecer pistas sobre a composição desta lua
© Foto / NASA/JPL/JUNO
Um tem dois cloretos de sódio para cada 17 moléculas de água, enquanto o outro tem um cloreto de sódio para cada 13 moléculas de água, o que poderia explicar porque as assinaturas da superfície das luas de Júpiter são mais “aquosas” do que o esperado.
A equipe espera fabricar ou coletar uma amostra maior que permita uma análise detalhada, bem como verificar se as assinaturas das luas geladas coincidem com as dos hidratos recém-descobertos.
Fonte: sputniknewsbrasil
