A Volkswagen Amarok 2025 finalmente foi lançada com visual dianteiro atualizado, alguns novos equipamentos e o mesmo excelente motor V6. A base de 14 anos (e todas as limitações que a idade avançada impõem à picape média) também foi mantida. Porém, ainda que tenha todo o frescor do lançamento, a caminhonete chega com o futuro incerto.
Antes de seguir, é preciso contextualizar algumas questões. Em 2018, Volkswagen e Ford anunciaram uma parceria para desenvolver, juntas, veículos comerciais e elétricos. Os norte-americanos ficaram responsáveis pelas novas gerações de Ranger e Amarok. Porém, meses depois, os alemães disseram que a única fábrica a produzir a Amarok totalmente renovada seria a da África do Sul.
Para a Amarok produzida na Argentina e vendida na América do Sul, a Volkswagen resolveu investir US$ 250 milhões e promover a maior renovação em mais de uma década. Ainda assim, o resultado é uma picape que não tem itens presentes em rivais mais modernas, como quadro de instrumentos digital, partida por botão ou qualquer recurso de segurança ativa. Essas limitações podem acabar encurtando a vida da Amarok no Brasil.
Durante o lançamento da picape na Argentina, o presidente da marca no país, Marcellus Puig afirmou para os colegas do Motor1 que essa Amarok “tem vida para os próximos dois ou três anos”, Autoesporte aproveitou o evento realizado em Barretos (SP) para perguntar sobre o futuro do modelo aos executivos brasileiros.
Ciro Possobom, presidente da empresa no Brasil, não quis cravar por quanto tempo a nova picape será vendida, mas confirmou que o ciclo de vida é de “menos de cinco anos”. Outro executivo disse que a nova Amarok será vendida “enquanto durar o ciclo de investimentos atual na Argentina”, que termina no final de 2026.
A situação da Volkswagen na Argentina é a questão principal em torno do futuro da Amarok. Possobom confirmou que qualquer novidade depende de novos investimentos no país. Disse ainda que um próximo aporte está sendo negociado com a matriz, e que pode ser anunciado até o ano que vem.
Aparentemente, uma parceria com a Ford para produzir a Amarok com base na nova Ranger está descartada.
A incerteza na Argentina também paira sobre o outro modelo produzido na fábrica de General Pacheco, o Taos. A reestilização do SUV médio foi suspensa pelo menos até o final do ano. Autoesporte apurou que a prioridade foi adequar o modelo para as novas normas de emissões que entrarão em vigor no Brasil em 2025, em detrimento ao facelift.
Com isso, o Taos seguirá sem mudanças estéticas até que a decisão sobre novos investimentos na Argentina seja definida.
Mais adiante, já no final da próxima década, o Taos ainda pode sair de linha para dar lugar a uma nova família de SUVs médios híbridos que está sendo desenvolvida e será produzida em São Bernardo do Campo (SP). Por isso, uma decisão sobre uma nova geração da Amarok é tão importante para os argentinos.
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Fonte: direitonews