Se a Volkswagen Amarok 2025 só será lançada no Brasil na próxima semana, nossos vizinhos argentinos já tiveram as informações divulgadas. Com isso, sabemos motorizações, visual, equipamentos e motorizações disponíveis da picape média.
Mas um ponto chamou a atenção dos colegas do Motor1 Argentina, que descobriram como a Volkswagen usou um equipamento desenvolvido por uma empresa israelense para adicionar assistentes à condução. O recurso, porém, passa longe de ser avançado como aqueles vistos em outras concorrentes, principalmente na Ford Ranger.
O chamado Safer Tag é um pequeno display em forma de bússola instalado no centro do painel das versões mais equipadas da nova Amarok. Com ele, o motorista recebe alertas sobre saída de faixa, colisão frontal, indicador de velocidade máxima, o intervalo de tempo entre o veículo da frente e a presença de pedestres na trajetória da caminhonete.
A questão principal é que o dispositivo não tem atuação nos freios, acelerador ou direção. Ou seja, apenas emitem alertas visuais e sonoros. A partir daí, cabe ao motorista tomar qualquer atitude. Vale lembrar que a referência no quesito no segmento é a Ford Ranger, que se mantém na faixa, tem controlador de velocidade adaptativo e frenagem automática de emergência, ainda que apenas na versão mais cara, vendida por R$ 351.990.
A apuração do Motor1 Argentina descobriu que o Safer Tag é, na verdade, a versão adaptada pela Volkswagen para um dispositivo chamado Mobileye 8, criado pela empresa insraelense de mesmo nome. O aparelho, que pode ser comprado pela internet e instalado em qualquer veículo, foi lançado em 2020 e consiste, além do pequeno mostrador, em uma câmera e um pequeno alto-falante, instalados junto ao parabrisa, atrás do retrovisor interno do veículo.
Esse é o segundo (e mais profundo) facelift da história da picape, produzida quase sem mudanças na fábrica de General Pacheco desde 2010. Uma nova geração, criada em parceria com a Ford e baseada na Ranger, existe em outros mercados, mas é produzida apenas na África do Sul por decisão da Volkswagen. Nós já testamos. Confira aqui.
Assim, a marca alemã optou por investir US$ 250 milhões em 2022 para uma nova atualização da Amarok de primeira geração.
Ironicamente, a Amarok está mais parecida com a Saveiro por conta do formato dos faróis. A iluminação de neblina com formato triangular é uma clara referência ao Nivus. Ademais, na versão Extreme, a grade traz uma barra iluminada e, logo abaixo, o emblema V6 – que indica a motorização.
As mudanças são mais sutis na traseira, com leves mudanças nos grafismos das lanternas e nova tipografia para o logotipo na tampa da caçamba.
As dimensões ainda não foram divulgadas na Argentina. Medidas como comprimento e largura podem mudar com a adoção dos novos para-choques, mas a tendência é que a Amarok mantenha seus 5,25 m de comprimento, 1,95 m de largura, 1,83 m de altura e 3,09 m de distância entre-eixos. A caçamba comporta 1.280 litros e tem capacidade de carga para até 1.105 kg.
Na Argentina, são seis versões: Trendline, Comfortline, Highline, Extreme, Black Style e Hero. Considerando todas as combinações de motores, câmbios e trações, a nova Amarok pode chegar a dez opções.
Na Argentina, a nova Volkswagen Amarok continuará sendo oferecida com motores 2.0 TDi turbo diesel de 140 cv de potência e 35 kgfm de torque, 2.0 TDi biturbo diesel de 180 cv e 42 kgfm e 3.0 V6 de 258 cv e 59 kgfm. As duas primeiras configurações são oferecidas com câmbio manual de seis marchas ou automático de oito, com opção de tração 4×2 ou 4×4.
Já a versão V6 continua à venda apenas com transmissão automática e tração integral 4 Motion. Aqui, é a primeira marcha do câmbio fornecido pela ZF que opera como reduzida.
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Fonte: direitonews