“O Brasil não apenas é um importante ator no mundo em desenvolvimento, mas também nos grandes debates internacionais como paz, meio ambiente, transição energética e industrialização sustentável. O Brasil possui um mercado de 215 milhões de habitantes, grande extensão territorial, uma grande oferta de minerais críticos, água, irradiação solar etc. Por conta disso, a adesão do Brasil à BRI [Iniciativa Cinturão e Rota, na sigla em inglês] seria um fator importante para reforçar o papel dos países do Sul Global.”
Adesão à iniciativa pode levar à retaliação do Ocidente?
“Então, talvez o problema ou o receio da tomada de decisão brasileira seja justamente como esse possível gesto de entrada à Nova Rota da Seda poderia repercutir em outros países. Mas acho que é perfeitamente alinhável uma entrada do Brasil à Nova Rota da Seda com uma estratégia de inserção internacional autônoma e de não alinhamento ativo, à medida que o Brasil também poderia ingressar em iniciativas lideradas pelos EUA ou por outros países ocidentais.”
Que setores seriam mais beneficiados com a adesão à iniciativa?
“O Brasil tem uma demanda muito grande por investimentos em infraestrutura de transportes, energia limpa, cidades inteligentes, saúde pública etc.”, afirma o professor.
Fonte: sputniknewsbrasil