Nova Ram 1500 chega até o fim do ano; versões elétricas ficam para depois


A Ram já confirmou que o motor V8 deixará de ser oferecido no Brasil, tanto na 1500, como na Classic. A geração anterior da caminhonete grande até recebeu a série especial de despedida R/T como homenagem ao lendário V8 5.7 Hemi.

O recente flagra da 1500 reestilizada reforça que a marca trabalha para lançar as atualizações da caminhonete, não só no visual, como também nas motorizações.

Durante expedição na Argentina, Autoesporte não apenas confirmou o lançamento da nova 1500 para o fim do ano, como também descobriu que as versões elétrica e elétrica com extensor de autonomia (EREV) seguem em estudo para o nosso mercado.

Antes de falarmos de eletrificação, uma atualização sobre a nova Ram 1500. O lançamento está previsto para o fim do ano e vai marcar a estreia do motor Hurricane de seis cilindros em linha na picape.

A nova unidade de 3 litros é da mesma família do 2.0 turbo de quatro cilindros que equipa a Rampage e os Jeep Compass, Commander e Wrangler. Com dois cilindros adicionais e maior capacidade cúbica, esse motor entrega 426 cv de potência e 64,8 kgfm de torque, com o mesmo câmbio automático de oito marchas utilizado na versão antiga.

Ou seja, apesar de ser menor, o novo motor é mais potente do que o antigo V8 aspirado, que entrega 400 cv e 56 kgfm. O Hemi 5.7 era um dos trens de força mais longevos da Stellantis. Foi apresentado em 2003 para equipar as picapes da Ram (na época ainda chamada de Dodge Ram) e chegou a aparecer até no Jeep Grand Cherokee. Com o endurecimento das leis de emissões nos Estados Unidos, foi substituído pelo novo Hurricane 6 na linha 2025.

Além da motorização atualizada, a Ram 1500 passa por um discreto facelift. A versão Rebel, única que trazia conjunto óptico diferente das demais configurações, passa a seguir a identidade visual da Limited, com faróis mais afilados. Nos dois casos, grade e para-choque também foram redesenhados.

Se o facelift está confirmado e tem data para chegar, a Ram do Brasil ainda trabalha para viabilizar a chegada das versões Ramcharger (elétrica com extensor de autonomia) e REV (elétrica). Caso decida importar essas opções, isso só deve acontecer de 2025 em diante. Vale lembrar que nem nos Estados Unidos essas variantes eletrificadas estão à venda.

A primeira a ser lançada é a variante elétrica, REV, que chega (lá) no final do ano inicialmente apenas com bateria de 168 kWh e autonomia de 563 km, segundo o padrão americano. A partir de 2026, haverá uma segunda opção, com pacote ainda mais robusto de 229 kWh. Nesse caso, o alcance salta para 804 km. Os motores elétricos são os mesmos e entregam 654 cv e 85,7 kgfm.

Um possível temor em relação a infraestrutura de recarga fez com que a Ram pensasse em uma picape tracionada sempre por um motor elétrico, mas que pode ter as baterias alimentadas por um propulsor a combustão. Essa é a proposta da Ramcharger, que chega no mercado norte-americano no ano que vem.

Nesse caso, se as baterias de 92 kWh ficarem vazias, o motorzão V6 3.6 da família Polestar entra em ação não para movimentar a 1500, mas sim gerar mais energia para que os propulsores elétricos continuem funcionando. Somando baterias carregadas e um tanque cheio, estamos falando de 1.110 km de alcance.

A 1500 Ramcharger usa dois motores elétricos. O dianteiro é de 335 cv e o traseiro de 319 cv. Combinados, entregam 654 cv e 85 kgfm de torque. Segundo a Ram, chega aos 96 km/h em 4,4 segundos.

Atualmente, a Ford Maverick é a única picape eletrificada à venda no Brasil, após a Jac iEV 330P sair de linha. BYD Shark e Foton Tunland devem reforçar esse time nos próximos meses.

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Fonte: direitonews

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