Desde a queda do governo do ex-presidente sírio, Bashar al-Assad, a Turquia virou “o principal tomador de decisões” do país, diz o artigo, citando fontes.
De acordo com elas, a inteligência turca estabeleceu um grande centro na capital do país, Damasco, de onde “está supervisionando e até mesmo intervindo nas funções diárias” do atual líder sírio Ahmed al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abou Mohammad al-Jolani.
“As reuniões com qualquer autoridade estrangeira ou mesmo com figuras sírias do governo de Al-Jolani são realizadas com a aprovação de oficiais da inteligência turca“, afirmaram.
Tendo um conflito de longa data com as formações curdas que ainda estão controlando o nordeste da Síria e não obedecem ao governo em Damasco, as autoridades turcas, segundo a revista, apoiam pessoas que anteriormente estavam associadas a grupos terroristas.
“O que é mais preocupante do ponto de vista ocidental é que Ancara […] também está empregando os serviços de extremistas, alguns dos quais eram anteriormente afiliados ao Daesh”, diz a The American Conservative.
A publicação acredita que, tanto para a Turquia quanto para o governo de Al-Sharaa, os curdos que desempenharam um papel importante na queda do Daesh representam uma ameaça maior do que os ex-terroristas.
Assim, na Síria, os interesses de Washigton, que tem sua força militar presente nos territórios controlados pelos curdos, e os de Ancara, que tem realizado várias operações contra eles, se opõem.
“Um retorno ao estilo do Daesh também ameaça manchar o legado do próprio [presidente dos EUA, Donald] Trump, já que seu primeiro mandato viu a queda do califado do grupo terrorista e a morte de seu ‘líder da era de ouro’ Abu Bakr al-Baghdadi”, ressalta o artigo.
Essa situação, conforme relatado, também mina a confiança nas palavras do novo governo sírio, que prometeu não representar nenhuma ameaça para os jogadores externos.
Fonte: sputniknewsbrasil