“Antes chegava-se a mais e melhores resultados. Todas as missões de grande porte, mesmo a Artemis, que foi lançada semana passada, exige cooperação de muitos países. Em um fenômeno mais recente, o Espaço passou a ser um grande negócio. Essa missão Artemis, por exemplo, leva o homem de volta à Lua com outro olhar, não mais o da exploração científica, embora isso também faça parte dos objetivos da missão, mas também em explorar os recursos naturais abundantes que tem lá”, explica Brum.
“Não acho que vai acontecer agora esse conflito no Espaço, porque os principais interessados que isso não aconteça são as próprias potências que têm muitos recursos no Espaço, eles têm muitos alvos no Espaço. Se começarem a destruir os satélites uns dos outros, quem vai perder mais são eles. E como suas economias são praticamente baseadas nesses recursos espaciais, não é bom negócio estimular uma guerra nesse sentido agora”, explica Brum.
Sideral ou qualquer outro corpo celeste.
“Kessler era um engenheiro americano, que conseguiu provar que se você tiver muitos satélites em órbita da Terra e um satélite desses for destruído, ele vai se partir em milhares de pedaços. Esses pedaços vão voar de maneira descontrolada naquelas órbitas e vão atingir outros satélites, partindo esses satélites. O resultado final é que pode ter uma órbita em torno da Terra onde todos os satélites foram destruídos. Se for uma órbita de satélites de comunicação, a gente corre o risco sério, real, de não ter mais comunicação no planeta via satélite, só comunicação via cabo. Então, a gente pode voltar vários anos ou mais até, ter uma crise de comunicação.”
“A gente precisou passar por uma catástrofe, como a Segunda Guerra, em solo europeu, para que esse tratado fosse assinado. O que a gente precisa para conseguir um tratado no setor aeroespacial? É uma pergunta complicada. O que se pode fazer para obrigar China, EUA, Rússia a assinar um tratado que limita seus poderes?”, questiona Zabot.
Fonte: sputniknewsbrasil