A revista elabora que Shimao foi ocupado há cerca de 4.200 a 3.700 anos, abrangendo quase quatro quilômetros quadrados, com zonas especializadas que incluem arquitetura complexa, residências de elite e vestígios de atividades rituais em grande escala.

Um túmulo de uma vítima sacrificada
“Embora os arqueólogos tenham reconhecido há muito tempo o planejamento sofisticado da cidade e a sociedade estratificada, continuava sem se saber de onde vieram seus fundadores e como eles organizaram o poder dentro de uma comunidade emergente em nível estadual”, ressalta a publicação.
Conforme acrescenta o material, a equipe interdisciplinar analisou genomas antigos de indivíduos de Shimao e arredores, revelando que os construtores descendiam principalmente de grupos locais da tradição Yangshao, com continuidade regional de pelo menos 1.000 anos.
O estudo identificou influências genéticas de populações ligadas à cultura Taosi, grupos das estepes e comunidades agrícolas do sul, evidenciando interações culturais e econômicas amplas.
A sociedade era patrilinear e patrilocal, com linhagens familiares de até quatro gerações, moldando práticas rituais.
No portão Leste, cerca de 80 crânios humanos eram majoritariamente masculinos, enquanto mulheres sacrificadas apareciam em cemitérios de elite, indicando um sistema ritual estruturado por gênero.

Escultura de pedra na cidade de Shimao
Essas evidências genéticas esclarecem a organização da autoridade política inicial no norte da China.
Assim, finaliza a publicação, elas destacam forças culturais, biológicas e econômicas que formaram Shimao como uma das primeiras grandes sociedades urbanas da Ásia Oriental.
Fonte: sputniknewsbrasil








