Depois de comparar os SUVs 1.0 turbo, nada mais justo do que falar do futuro. Como é de conhecimento geral, o segmento de SUVs está a todo vapor. E dois dos modelos mais vendidos da categoria terão novidades nos próximos meses, com direito a motorizações inéditas. Quais são eles? Chevrolet Tracker e Nissan Kicks.
Ambos estreiam neste ano como fortes apostas. No caso da Chevrolet, o Tracker terá um facelift, além de se tornar o primeiro carro híbrido flex da General Motors no Brasil. Já a Nissan apronta a segunda geração do Kicks, que muda até a alma para brigar com mais afinco na categoria. Então sente-se e se prepare para o que vem por aí!
Representante de peso da Chevrolet e um dos SUVs mais vendidos no Brasil, o novo Tracker vai chegar ainda no primeiro semestre. O SUV compacto trará uma intensa atualização de design e ficará mais equipado, isso tudo antes de estrear com o conjunto híbrido flex.
As mudanças mais profundas estão na dianteira, com novos faróis de LED divididos, além de grade e para-choques modificados, com desenho próximo ao da Montana. Já a traseira do Tracker deve preservar o atual visual, mas com novo arranjo das lanternas.
Por dentro, o Tracker receberá o mesmo conjunto de telas aplicado em outros modelos da marca, como Spin e S10. Ou seja, multimídia de 11” integrada ao painel de instrumentos digital de 8”. A lista de equipamentos ficará mais completa, com mais recursos de segurança ativa, já que o SUV vendido hoje não tem pacote Adas.
Sob o capô, o SUV manterá a linha de motores turbo flex (1.0 e o 1.2 da família CSS), que foi aprimorada com o Proconve L8 e ficou mais potente em relação ao modelo anterior. O conjunto 1.0 agora desenvolve 121 cv de potência (antes eram 116 cv) e o torque subiu de 16,8 kgfm para 18,3 kgfm. Já o 1.2 oferta 141 cv e 22,9 kgfm.
Em seguida, a marca deve apresentar o Tracker híbrido flex. Segundo apuração de Autoesporte, as concessionárias já foram comunicadas de que a distribuição começará ainda no primeiro semestre.
A aposta é de que o conjunto inédito, do tipo híbrido leve (MHEV), tenha o motor turboflex ligado a um pequeno gerador de 48V. É possível que os dados de desempenho mudem com o “empurrão elétrico”.
O sistema proporciona um auxílio momentâneo, aumentando potência e torque em condições específicas, como ultrapassagens e retomadas. Assim, reduz o esforço da unidade a combustão, o que ajuda no consumo de combustível.
Falando de novo Kicks, a produção do SUV já começou na fábrica de Resende (RJ). E não tem como não pensar: “esse é o Kicks?”, pois, sim, o SUV mudou demais.
A frente traz grade filetada cortando o farol e dividindo as luzes de LED do DRL. Já as lanternas em “L” de ponta-cabeça se encontram logo abaixo do vidro da tampa do porta-malas. Por dentro, o SUV tem painel e central multimídia de 12” cada integrados.
O modelo virá com o motor 1.0 turboflex de três cilindros com injeção direta de combustível da Horse, que já equipa o Renault Kardian. O que segue em sigilo são os números de desempenho na “versão Nissan”. Originalmente, o motor HR10DDT rende 110 cv de potência e 20,4 kgfm de torque com gasolina. No Kardian, com a tecnologia flex e engenharia nacional, saltou para 120 cv e 20,4 kgfm com gasolina e 125 cv e 22,4 kgfm com etanol.
É pouco provável que a Nissan não realize um ajuste para que o Kicks tenha a cara da marca. Até porque o motor deve ser produzido na fábrica de Resende com os componentes da Horse. Inclusive, o propulsor deve receber novo nome e outros dados. Uma razão é que o câmbio usado no SUV compacto deve ser diferente da caixa automatizada de dupla embreagem do Kardian. Afinal, a Nissan é conhecida pelo bom acerto do câmbio CVT.
O novo Nissan Kicks será posicionado acima do atual, com preços na faixa de R$ 150 mil a R$ 180 mil. E ele cresceu! Agora são 4,37 metros de comprimento (6 cm a mais). Essa dimensão deixa o SUV próximo a modelos médios — o Jeep Compass (4,40 m), por exemplo. Além disso, tem entre-eixos de 2,66 m (+ 4 cm), largura de 1,80 m (+ 4 cm) e altura de 1,63 m (+ 2 cm).
Agora, resta esperar a chegada dos novos SUVs turbo para que possamos observar a reação do mercado. Fato é que o segmento se torna cada vez mais competitivo — e o que está por vir não chegará para brincadeira.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews