Nissan Kicks Advance: 5 razões para comprar e 5 motivos para fugir


O Nissan Kicks é um dos modelos mais consolidados entre os utilitários esportivos compactos no Brasil. Lançado em 2016, o SUV passou por uma reestilização visual em 2021 e adotou novas tecnologias, embora tenha mantido a plataforma V, a carroceria e o veterano motor 1.6 aspirado flex de quatro cilindros e 16 válvulas.

Com o Proconve L7, nova legislação de emissões, em 2022, a unidade, que já não era das mais fortes, perdeu um pouco mais de potência. Hoje, rende 110 cv de potência e 15,2 kgfm de torque com gasolina, sendo 113 cv e 15,3 kgfm com etanol. O câmbio é automático do tipo CVT.

Veja cinco bons motivos para comprar e outros cinco para fugir do Kicks Advance CVT Pack Plus, versão intermediária de R$ 136.490. Baseada na versão Advance, de R$ 134.290, ela acrescenta revestimento em couro sintético dos bancos.

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Mesmo já com quase oito anos de mercado, o Nissan Kicks continua a ser um dos SUVs compactos mais bem resolvidos do Brasil no quesito espaço interno. Os vãos para pernas na fileira traseira são generosos e o porta-malas de 432 litros é um dos maiores do segmento. O conforto dos bancos é outro ponto positivo.

Mesmo sem motor turbo, o Kicks continua a ser um dos modelos mais econômicos da categoria. Segundo o Inmetro, seu consumo chega a 7,8 km/l com etanol e 11,4 km/l com gasolina na cidade, sendo 9,6 km/l com etanol e 13,9 km/l com gasolina na estrada. Tem muito hatch ou sedã com inveja desses números. Tudo graças ao peso baixo para um SUV, 1.136 kg, e ao câmbio CVT da Jatco.

O Kicks foi um dos primeiros carros nacionais a oferecer quadro de instrumentos digital. Parcialmente, diga-se, visto que o velocímetro segue analógico até hoje. Mas o fato é que o sistema do Nissan é um dos mais dóceis e intuitivos do mercado. As informações ficam dispostas de maneira lógica e o manuseio, por meio dos botões no raio esquerdo do volante multifuncional, são fáceis de operar.

Outra qualidade inerente ao Kicks desde seu lançamento é sua ótima capacidade de manobra. São apenas 10,2 metros de diâmetro de giro. Nem um Fiat Pulse e seus 10,5 m têm isso. Na versão Exclusive, há ainda uma câmera em 360 graus. No caso da Advance, temos apenas sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré simples, mas já está de bom tamanho.

Com R$ 4.455 de preço fixo para seis revisões básicas entre 10.000 km e 60.000 km, ou em um período de seis anos, o Nissan Kicks tem um dos menores, senão o menor, custos de manutenção periódica do segmento durante o período de garantia.

Se por um lado é muito econômico para um SUV, por outro o Nissan Kicks é um dos mais lentos. São 11,8 segundos de 0 a 100 km/h oficiais desde a recalibração do motor, em 2022, mais do que um Hyundai Creta (11,5 s), um Chevrolet Tracker (10,9 s) ou um Volkswagen T-Cross (10,1 s) com motor 1.0 turbo. Acima dele, só o Fiat Pulse 1.3 flex (13,1), que é mais barato, e o Citroën C4 cactus 1.6 flex (12s), que está perto de sair de linha.

Mesmo em sua segunda versão mais cara, o Nissan Kicks é um SUV compacto com pacote simples: faróis halógenos, freio de estacionamento manual e ar-condicionado manual sem saída traseira são exemplos. Pelo menos já há chave presencial, partida do motor por botão, assistente de partida em rampa e vidros elétricos com um-toque e antiesmagamento nas quatro portas.

O nível de acabamento do Kicks também é simples. Apesar da faixa central no painel encouraçada, quase todos os painéis usam plásticos rígidos, com desenho limpo e sem muitas possibilidades de variação. Aqui, o SUV demonstra estar sentindo o peso da idade.

Qualquer item de segurança ativa do Nissan Kicks fica reservado à versão de topo, Exclusive. A Advance traz apenas faróis com regulagem manual de altura do facho, seis airbags (frontais, laterais e de cortina) e controle de cruzeiro convencional.

A central multimídia do Nissan Kicks tem tela relativamente pequena para os padrões atuais, com 8 polegadas. Além disso, a conexão com Android Auto e Apple CarPlay ainda ocorre apenas por cabo. Das duas tomadas USB dianteiras, uma já é do tipo C, mais moderna, mas a de trás ainda é do tipo A, que está ficando obsoleta.

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Fonte: direitonews

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