“Já estamos acostumados a ouvir declarações pouco profissionais e provocativas de Borrell, que nada têm a ver com diplomacia”, defendeu a chancelaria russa.
“As suas declarações em apoio à ideia de criação de um certo tribunal “para levar os russos à justiça” já em si são tendenciosas e não têm nada a ver com a justiça real. Ninguém lhe deu o direito de dizer quem são os culpados”, acrescentou o representante do ministério.
Segundo comunicou a chancelaria, “isso é uma evidência da perda total de qualquer objetividade por parte chefe da ‘diplomacia europeia’, o seu silêncio completo sobre o bombardeio bárbaro de Donetsk efetuado pelos ucranianos em 19 de setembro, em resultado do qual 16 pessoas foram mortas, incluindo duas garotinhas”.
“Os bombardeios das cidades pacíficas de Donbass continuam, não têm fim e Borrell não condena esses atos flagrantes, não pede uma investigação e punição dos responsáveis”, defendeu o Ministério das Relações Exteriores russo.
Conforme a chancelaria, Borrell “pelos vistos, não sabe ou não quer saber da Alameda dos Anjos em Donetsk, não ouviu ou não quer ouvir nada sobre a Madonna de Gorlovka.
A Alameda dos Anjos é o complexo memorial em Donetsk erguido em homenagem às crianças mortas em Donbass. Anualmente a população de Donbass coloca flores junto ao monumento.
Anteriormente, o embaixador russo na União Europeia, Vladimir Chizhov, que está completando a sua missão em Bruxelas, disse à Sputnik que haveria um tribunal, e não para os russos, mas para o regime de Kiev.
