NI: Europa precisa de relações estáveis entre Rússia e Alemanha


24733773

Conforme o colunista, a divisão entre Moscou e Berlim sempre, de certa forma, determinou a transferência da economia mundial para o serviço aos interesses militaristas. Ao mesmo tempo, os períodos de consentimento entre os dois Estados foram sempre acompanhados pela formação do ambiente mais amplo para todos os países europeus.

“Não é de ocultar os desastres que atingiram a Europa e todo o mundo quando Berlim e Moscou acabaram envolvidas em confronto. Entender a importância das relações amigáveis com a Rússia para a economia alemã e para todo o poder e prestígio da União Europeia é muito importante. Para construir uma segurança verdadeira por toda a Europa, ainda é preciso gerir as relações com a Rússia de forma eficaz”, supõe DerSimonian.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante coletiva de imprensa após encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, 15 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.07.2022

Nessas condições, Berlim, que apostou na parceria estratégica com os EUA, corre o risco de ceder aos objetivos de Washington de “enfraquecer a Rússia”, o que significaria para o continente o mergulho para um “desastre insuperável”. Referindo-se ao diplomata alemão do período imperial, barão Rosen, o colunista salientou que os quase 150 milhões de russos, que correspondem a quase um sétimo da Terra, são um fator demasiado grande para a humanidade não se importar com o seu destino.

“Estas palavras ainda são atuais hoje em dia. Ao mesmo tempo, no Ocidente é popular declarar derrota inevitável dos militares russos na Ucrânia e apoiar a proibição da exportação cultural e social russa e a introdução interminável das sanções, enquanto as consequências dessas decisões para os países europeus são frequentemente ignoradas”, acredita o colunista.

Anteriormente, o embaixador russo na Alemanha, Sergei Nechaev, afirmou que Berlim tinha atravessado a linha vermelha ao ter decidido fornecer armas ao regime de Kiev. O diplomata sublinhou que a inundação da Ucrânia com armas leva a Alemanha a lado nenhum, que apenas prolonga o conflito e aumenta o número de vítimas.
Da esquerda à direita em frente de uma mesa, no último dia da cúpula do G7, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Joe Biden, presidente dos EUA, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, e Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália, no Castelo Elmau, Alemanha, 28 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 11.09.2022

Anteriores Entenda episódios usados por bolsonaristas para ligar PT e Lula ao PCC
Próxima Em Goiás, produção de grãos deve crescer 11,6% chegando ao recorde