Netanyahu não termina a guerra de Israel ‘para manter o poder’, diz mídia norte-americana


Algumas das ações recentes do premiê israelense Benjamin Netanyahu, como a recusa de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e o assassinato de altos funcionários do Hezbollah e do Hamas, apontam para a continuação da guerra como uma arma política, previu na sexta-feira (2) o jornal norte-americano The New York Times (NYT).
“Na ausência de um objetivo claro na guerra, a rebeldia de Netanyahu está dividindo Israel de seus aliados e o próprio país. Isso enfraqueceu ainda mais a confiança em sua liderança. Isso está alimentando as suspeitas de que ele está mantendo o país em guerra para manter o poder”, diz o jornal.
A imagem internacional de Israel continua sofrendo golpes desde outubro – apesar de nove meses de guerra, seus objetivos militares não foram alcançados e sua reputação social e doméstica também foi prejudicada”, disse Sanam Vakil, analista do Oriente Médio no think tank britânico Chatham House, ao NYT.
Fumaça preta sobe de ataque aéreo israelense nos arredores de Aita al-Shaab, vila libanesa na fronteira com Israel no sul, em 13 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 02.08.2024

A mídia notou que, para formar um governo e permanecer no poder, Netanyahu deu poder a políticos de extrema direita, profundamente religiosos e a favor de novos assentamentos judaicos, e que se opõem a qualquer tipo de Estado palestino.
“Estamos em um processo muito perigoso que pode lançar uma sombra sobre o DNA básico deste país […]. O confronto cultural é bom, mas não é tão bom ter políticos messiânicos ou populistas radicais que não apenas se tornam parte do governo, mas ocupam posições cruciais nele”, crê Nahum Barnea, um dos principais jornalistas e comentaristas de Israel.
Os políticos de extrema direita, segundo ele, “querem uma verdadeira revolução em nosso regime e em nossos valores”.
O veículo de imprensa acrescenta que, embora a grande maioria dos israelenses queira a saída de Netanyahu e de sua coalizão de direita, uma parcela significativa também quer que o Hamas seja derrotado e desmantelado como poder em Gaza, para garantir que o que aconteceu em 7 de outubro de 2023 não se repita.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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