Neonazistas americanos não consideram mais o apoio à Ucrânia uma ‘causa digna’


Os extremistas acreditam que, no próximo ano eleitoral, devem concentrar-se nas questões internas.
No início da operação militar especial, o Departamento de Segurança Interna (DHS) emitiu um boletim de inteligência informando que os apoiadores da extrema-direita americana estavam se dirigindo para a zona de conflito e poderiam usá-la para aprimorar suas habilidades terroristas, trazendo-as de volta aos Estados Unidos.
Stéphane Séjourné, ministro da Europa e das Relações Exteriores da França, chega a reunião com Emmanuel Macron, presidente da França, e Hun Manet, primeiro-ministro do Camboja (ambos fora da foto), no Palácio do Élysée, em Paris, França, 18 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.01.2024

Após um apelo aberto a voluntários internacionais, o Exército ucraniano atraiu quase 20 mil combatentes de todo o mundo, conforme lembrado pelo jornal The Guardian. Em poucas semanas, os Boogaloo Bois americanos, como são chamados os apoiadores de um movimento antigovernamental de extrema direita, estavam se retirando de lá.
“Não vou permitir que nossos rapazes, os esforços e o sangue dos meus rapazes vão [para o conflito ucraniano]”, declarou o ex-fuzileiro naval Christopher Pohlhaus, líder da rede neonazista Blood Tribe, conhecida por suas ações racistas e homofóbicas em protestos nos Estados Unidos. Essa declaração foi feita em uma mensagem de áudio publicada no Telegram em novembro de 2023.
Pohlhaus acrescentou que continuará a apoiar a luta pela Ucrânia, antes de explicar como um desentendimento com seu aliado pessoal e líder das milícias russas que lutam pela Ucrânia, Denis Nikitin, a quem o ex-fuzileiro naval jurou fidelidade, fez com que o grupo cortasse relações.
Paletes de munição, armas e outros equipamentos com destino à Ucrânia são carregados em avião por membros do 436º Esquadrão Aéreo do Porto durante uma missão de vendas militares estrangeiras na Base Aérea de Dover, no estado norte-americano de Delaware, em 30 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.01.2024

De acordo com o ex-fuzileiro naval, embora vários de seus membros estivessem “super entusiasmados e se preparando para ir para a Ucrânia“, agora dedicarão todo o seu dinheiro e recursos para se concentrarem no ativismo doméstico, especialmente em suas manifestações de ódio, não vendo nenhum benefício em lutar por Kiev.

Fonte: sputniknewsbrasil

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