Nenhuma censura é capaz de ocultar a natureza colonial do apartheid israelense, diz Palestina na ONU


O órgão responsável pela inserção e fiscalização da segurança e dos direitos da Palestina no âmbito internacional da ONU, a Missão de Observação Permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, enviou uma declaração às organizações de comunicação internacionais contestando a veracidade dos comentários de Israel após a explosão no complexo hospitalar de al-Ahli.

“Qualquer pessoa que tenha experiência em monitorar as agressões militares israelenses contra a população palestina de Gaza fica chocada, embora não surpresa, com a onda de desinformação que está sendo despejada pela máquina de propaganda de Israel no que tange o ataque ao Hospital Batista al-Ahli, em Gaza.”

Além disso, o órgão palestino denunciou, segundo sua análise, quão injusta era a acusação de Israel de que a autoria do ataque teria sido de palestinos.

“Durante décadas, sempre que Israel é acusado de uma atrocidade, recorre ao habitual procedimento para tentar encobrir o seu crime: primeiro, nega o seu envolvimento e diz que os palestinos fizeram isso a si próprios. Depois, admite discretamente ter cometido o crime, mas diz que não foi intencional. Depois, afirma estar ‘investigando’ a situação enquanto espera que a comunidade internacional se esqueça do que aconteceu. Então, no próximo crime, repete o procedimento.”

Corpos de palestinos mortos por bombardeio israelense no Hospital Batista al-Ahli, na cidade de Gaza, em 17 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2023

A crítica ainda foi além, com a afirmação de que Israel já cometeu diversos crimes de guerra contra a Palestina, dando um ultimato à comunidade internacional de que nada conseguirá apagar os feitos do país.

“Nenhum gerenciamento de crise ou censura será capaz de encobrir a natureza colonial e de apartheid de Israel, um Estado que continua a cometer incansavelmente crimes de guerra contra a humanidade e contra uma população sitiada e ocupada.”

O ataque ao Hospital Batista al-Ahli gerou uma onda de manifestações pelo mundo inteiro. No Líbano, assim como em Praga e nos Estados Unidos, milhares de pessoas se reuniram para protestar contra a política de guerra adotada por Israel. O país, no entanto, mantém sua versão acerca do ocorrido, que também é apoiada pelos Estados Unidos.

Fonte: sputniknewsbrasil

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