Nem tão longe da crise: FMI sinaliza que BCE pode cortar juros, mas pede por ferramentas de garantia


“O BCE pode afrouxar gradualmente a sua orientação de política monetária, a um ritmo que dependa dos dados disponíveis. A trajetória de desinflação projetada e os riscos equilibrados em torno dela — com base na informação atual — implicam que as taxas de juros podem ser gradualmente reduzidas para alcançar uma posição neutra, consistente com uma taxa de política terminal de cerca de 2,5%, até o final do terceiro trimestre de 2025”, afirmou o FMI em uma declaração final do corpo técnico da missão de 2024 sobre políticas comuns para os países-membros.

Uma flexibilização monetária contínua e gradual alcançaria um equilíbrio entre manter as expectativas de inflação ancoradas e evitar uma orientação política excessivamente restritiva, acrescentou.
O FMI destacou que as perspectivas de inflação podem mudar ao longo do tempo e instou o BCE a tomar decisões sobre a política em uma base reunião a reunião, de acordo com a informação recebida.
O fundo instou os decisores políticos a tomar medidas para garantir a estabilidade financeira da zona do euro e expandir o conjunto de ferramentas macroprudenciais.
Gráfico indicando a queda do euro - Sputnik Brasil, 1920, 19.03.2024

“Os lucros dos bancos são elevados, mas provavelmente serão moderados. Portanto, embora o crescimento do crédito seja atualmente baixo, as autoridades devem encorajar os bancos a usar os seus lucros temporariamente elevados para criar garantias, inclusive aumentando os requisitos de reservas de capital anticíclicas”, afirma o comunicado.
Os decisores políticos também devem desenvolver ferramentas macroprudenciais não bancárias, tais como restrições à alavancagem ou restrições de emergência aos resgates de fundos de investimento, ao mesmo tempo que continuam os esforços para corrigir lacunas de dados e melhorar o compartilhamento de dados entre os supervisores, acrescentou.

O BCE decidiu no início de junho reduzir a taxa de juro básica para 4,25% ao ano pela primeira vez desde 2016. O banco também espera que a inflação global atinja uma média de 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1,9% em 2026.

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Fonte: sputniknewsbrasil

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