Na sexta-feira (30), o embaixador russo na ONU Vasily Nebenzia afirmou durante uma reunião do Conselho de Segurança que os fornecedores de gás dos EUA são os que mais ganham com o fechamento dos gasodutos e apelou aos EUA para que esclareçam o que se passou no local.
Na semana passada, a secretária de imprensa da Casa Branca Karine Jean-Pierre reconheceu que Biden prometeu trabalhar com aliados para garantir que o Nord Stream 2 não se tornaria operacional, mas negou que os EUA tenham estado envolvidos nos ataques.
“Os desmentidos da administração Biden [de que] não tiveram nada a ver com isso são ilógicos, dadas as declarações anteriores, e como ela [a administração] movimenta as peças no tabuleiro”, notou Macgregor, coronel aposentado do Exército dos EUA.
Ele acrescentou que a sabotagem dos gasodutos desferiu um grande golpe na economia industrial da Alemanha e forçou-a a curto prazo a se tornar mais dependente do que nunca dos EUA.
“O fato de termos agora removido opções da Alemanha é um ponto brilhante. É importante porque mostra a manipulação e quem ‘ganha’ com a destruição do gasoduto”, observou Macgregor.
O ex-conselheiro disse também que era evidente que os russos não iriam destruir a principal fonte de moeda forte que alimenta sua economia.
Os Estados Unidos ainda não foram solicitados a prestar assistência na investigação da potencial sabotagem dos gasodutos Nord Stream entre a Rússia e a Alemanha, disse uma autoridade sênior dos EUA nesta segunda-feira (3). Por sua vez, na semana passada, o secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin propôs essa assistência, dizendo que Washington continua pronto a prestá-la, acrescentou o funcionário.
Ontem, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov comentou ontem a situação dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 dizendo que vários países europeus, bem como a Rússia, não estão interessados em problemas nos referidos gasodutos porque perderam as rotas de reserva de fornecimento de gás e a própria capacidade de se abastecer. Quanto aos beneficiários do ocorrido, ele disse que há países tecnologicamente capazes de tal sabotagem e que, para os EUA, é vantajoso vender gás natural liquefeito (GNL), que é mais caro.