De acordo com a Reuters, nesta terça-feira (16), diversos laboratórios da NASA e empresas da indústria espacial vão receber um pedido formal para renovar um programa repleto de complexidades técnicas, restrições de gastos e custos crescentes.
Funcionários da agência disseram à apuração que esperam planos alternativos para dar sequência aos estudos sobre Marte já neste outono ou início do inverno — no Hemisfério Norte.
Ainda não está claro como a NASA deve conciliar o aparente paradoxo de usar tecnologia semelhante a sistemas de voo espacial para realizar algo nunca feito antes, lançar um foguete da superfície de outro planeta sem que o feito seja prejudicado por orçamento e cronograma “irrealistas”, conforme apontou uma revisão independente encomendada pela agência em setembro.
A revisão também concluiu que a missão havia sido “organizada sob uma estrutura difícil” e “não preparada para ser liderada de forma eficaz”.
Para além disso, os cortes de gastos impostos pelo Congresso em programas espaciais neste ano acabaram forçando centenas de demissões no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da NASA, perto de Los Angeles, cujas equipes lideram a missão a Marte.
O rover Perseverance, construído pelo JPL, coleta amostras de minerais do fundo de um antigo leito de lago marciano chamado Cratera de Jezero desde 2021 e sela o material dentro de tubos destinados a futuras análises de laboratório em busca de possíveis sinais de micróbios fossilizados.
A próxima fase da missão, em parceria com a Agência Espacial Europeia (AEE) estava estimada entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões (cerca de R$ 25,9 bilhões e R$ 36,3 bilhões) e previa o envio de uma segunda nave robótica para pousar em Marte e recuperar as amostras lançando-as na órbita marciana para o encontro com uma terceira nave espacial que as levaria de volta à Terra no início da década de 2030.
Mas a análise independente concluiu que os custos reais globais da missão subiriam para US$ 11 bilhões (aproximadamente R$ 57 bilhões) e não conseguiriam entregar as amostras à Terra antes de 2040.
Funcionários da NASA deixaram em aberto a possibilidade de abandonar algumas das mais de 30 amostras que o Perseverance deve coletar, mas o diretor da NASA, Bill Nelson, está confiante que as mentes mais brilhantes da NASA, do JPL e de seus parceiros da indústria aeroespacial encontrem uma solução para o problema.
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Fonte: sputniknewsbrasil