Usando o Telescópio Espectroscópico Nuclear (NuSTAR, na sigla em inglês) da NASA, a agência espacial norte-americana capturou vários tipos de raios X emitidos pelo material mais quente na atmosfera do Sol.
Os raios X de alta energia foram observados em apenas alguns locais, enquanto os raios X de baixa energia e luz ultravioleta foram detectados em toda a área da atmosfera do Sol, explica NASA.
Os cientistas esperam que as novas imagens os ajudem a resolver um dos maiores mistérios do Sol: por que sua atmosfera externa atinge mais de um milhão de graus centígrados, o que é pelo menos 100 vezes mais quente do que sua superfície. Isso tem intrigado os cientistas, uma vez que o calor do Sol se origina no núcleo e se espalha para fora.
Os raios X de alta energia vistos pelo NuSTAR são mostrados em azul, enquanto o verde representa os raios X de baixa energia detectados pela sonda espacial Hinode lançada pelo Japão. E o vermelho mostra a luz ultravioleta captada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA.
Why is the Sun’s corona 100x hotter than its surface? NASA’s NuSTAR telescope took images of hidden light emitted by the hottest material in the Sun’s atmosphere. The observations may help scientists solve one of the biggest mysteries of our nearby star: https://t.co/gaoLj6PrKa pic.twitter.com/ZzHSoheHEG
— NASA JPL (@NASAJPL) February 9, 2023
Por que a coroa do Sol é 100 vezes mais quente que sua superfície? O telescópio NuSTAR da NASA obteve imagens da luz oculta emitida pelo material mais quente da atmosfera solar. As observações podem ajudar os cientistas a resolver um dos maiores mistérios da nossa estrela próxima.
Astrônomos estão perplexos com a fonte do calor da coroa, a camada mais externa do Sol. Eles sugerem que o calor poderia vir de pequenas erupções na atmosfera do Sol chamadas nanoexplosões.
Nanoexplosões individuais não foram observadas devido à luz fulgurante do Sol, mas o NuSTAR pode detectar luz do material de alta temperatura que alegadamente é produzido quando um grande número de nanoexplosões ocorrem perto umas das outras. Esta capacidade permite que os físicos pesquisem o quão frequente ocorrem as nanoexplosões e como liberam a energia.
Fonte: sputniknewsbrasil