‘Não seria sensato para os EUA incluir Ucrânia na OTAN’, diz Henry Kissinger


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“O principal desafio cresceu quando o Muro de Berlim caiu. Do ponto de vista russo, os Estados Unidos tentaram integrar toda a região [da Europa de Leste] sem exceção em um sistema estratégico pró-americano. Penso que não seria o mais sensato para a política dos EUA tentar incluir a Ucrânia na OTAN”, declarou Kissinger.
A declaração do ex-secretário de Estado dos EUA no tempo de Richard Nixon ocorre no mesmo dia em que o presidente da Ucrânia Vladimir Zelensky anunciou que seu país apresentou o pedido de adesão à OTAN de forma acelerada.
Kissinger advertiu também que uma eventual adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica poderia acelerar as tensões em direção a um conflito nuclear e afirmou que o uso de armas nucleares mudaria para sempre a ordem mundial.
Pouco depois do anúncio de Zelensky, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que o bloco mantém sua política de “portas abertas” para que qualquer democracia europeia se una à Aliança, mas deixou claro que sua principal preocupação neste momento é apoiar a Ucrânia para que se defenda e não intervir diretamente com tropas no conflito.
Bandeiras dos países-membros da OTAN em Bruxelas, na Bélgica - Sputnik Brasil, 1920, 20.08.2022

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse no mesmo dia que a candidatura da Ucrânia à OTAN deveria ser considerada em outro momento, tendo em conta o conflito em curso com a Rússia.
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