O líder do Partido da Liberdade, de extrema-direita (PVV, na sigla em holandês), vencedor das eleições parlamentares holandesas, Geert Wilders, na sua primeira entrevista após a sua vitória, reiterou sua oposição ao fornecimento de armas à Ucrânia.
“Houve um debate no Parlamento holandês sobre a nova ajuda à Ucrânia. [Geert] Wilders falou sobre a necessidade de cortá-la. [O primeiro-ministro Mark] Rutte ficou tão zangado que disse que não iria a Bruxelas com uma mensagem como essa, e que se “se o forçassem, ele dissolveria todo o governo. Ouvir isso foi surpreendente. Rutte está tão apegado a esta guerra que parece que trabalha para a Ucrânia e não para os Países Baixos”, disse Ab Gitelink.
Na opinião do analista, o novo governo holandês vai deixar de enviar armas para a Ucrânia.
“Seguiremos ajudando a Ucrânia, mas de outra forma, não com armas. Os novos partidos majoritários no Parlamento nem sequer levantaram a questão de novos fundos para armas. E o fato de Rutte estar furioso significa que ele percebe que isso é exatamente o que vai acontecer: não haverá entregas de armas para Kiev”, afirma o especialista.
Em 22 de novembro passado, nos Países Baixos foram realizadas eleições parlamentares antecipadas, com a participação de 26 partidos políticos. A participação eleitoral foi de 77,7%. O partido de extrema direita PVV, liderado por Geert Wilders, que se opunha às sanções contra a Rússia e ao fornecimento de armas à Ucrânia, venceu as eleições. Seu partido obteve o maior número de lugares na Câmara dos Deputados, com 37 das 150 cadeiras.
Fonte: sputniknewsbrasil