1. Sanções à Rússia: Biden mirou em Moscou e atingiu a economia global
“Houve um aumento da inflação em decorrência desse conflito, em decorrência dessas sanções, e obviamente os EUA, como parte do sistema internacional, acabam sendo afetados por esse aumento da inflação, que acaba comendo parte dos ganhos econômicos do governo Biden. E nesse sentido, sim, a política externa do presidente Biden acaba implicando na sua busca pela reeleição, visto que a percepção da população americana é que não necessariamente as condições de vida melhoraram nesses quatro anos”, explica.
“Então o governo Biden hoje se encontra em uma posição muito complexa, muito difícil de gerenciar. De maneira geral, com certeza a agenda externa dele está impactando na sua busca pela reeleição, sim, porque ainda que ele esteja fazendo alguns acenos para alguns setores econômicos, ele está vendo o apoio em certos setores eleitorais, que são setores eleitorais muito importantes, como o próprio eleitorado jovem, se afastar dele.”
2. Falhas em conter o salto na imigração
“As questões econômicas que foram afetadas pela agenda externa são […] pontos-chave ali para a candidatura do presidente Biden. Isso sem falar de questões muito sensíveis, como a de imigração nos Estados Unidos, em que Biden tem sido muito criticado também nos últimos anos por políticas extremamente ineficientes”, diz a especialista.
3. Apoio à ofensiva israelense em Gaza
“E a demora do presidente Biden a se posicionar, e não apenas essa demora, mas a falta de ações efetivas para diminuir essas violações humanitárias na Faixa de Gaza, mas não apenas na Faixa de Gaza, ali na Palestina, elas acabam prejudicando muito a imagem de Biden, principalmente com o eleitorado jovem, que é um eleitorado americano mais próximo, mais favorável, digamos assim, à causa palestina”, explica a especialista.
4. Insistência em manter a campanha à reeleição
“Ele deu uma entrevista recente em que dizia entender que, em um primeiro momento, a ideia dele era ser um presidente de transição, mas que observando o cenário atual dos EUA, na avaliação dele ele ainda tinha muito o que realizar. Então eu acredito, e isso foi demonstrado publicamente pelo presidente Biden, que existe um motivo pessoal forte para ter se apegado ao cargo e que tem um interesse pessoal de se manter nele por quanto tempo for possível.”
“Se o eleitorado está indeciso, ele não vê exatamente as melhoras que foram prometidas quatro anos atrás em relação a Biden, ele fica mais indeciso ainda quando ele não tem certeza se Biden vai ter o vigor físico e mental para traçar políticas que conquistem melhorias para a população americana nos próximos quatro anos”, explica.
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Fonte: sputniknewsbrasil