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O corpo da cantora Nana Caymmi está sendo velado na manhã desta sexta-feira (2) no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. A despedida, num primeiro momento, é restrita à família. O enterro está marcado para as 14h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul da cidade.
Ícone da música brasileira, Nana morreu na última quinta-feira (1º), aos 84 anos, na Casa de Saúde São José, no Humaitá. Ela estava internada desde julho para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo o boletim médico, a causa da morte foi uma disfunção de múltiplos órgãos. Seu irmão revelou que, dois dias antes de falecer, no dia em que completou 84 anos, a cantora sofreu uma overdose de opioides.
Filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana nasceu Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro. Começou sua carreira em 1960, interpretando Acalanto, composição do pai. Desde então, construiu uma trajetória sólida, com mais de 20 discos gravados, entre eles Nana, Tom, Vinicius, lançado em 2020, em plena pandemia de Covid-19.
A vida pessoal de Nana foi marcada por reviravoltas. Após se casar com o médico venezuelano Gilberto José Aponte Paoli e ter três filhos, ela se separou e voltou ao Brasil, enfrentando a desaprovação do pai, que deixou de falar com ela. O irmão Dori Caymmi a acolheu e compôs Saveiros, com a qual Nana venceu o 1º Festival Internacional da Canção — apesar das vaias do público.
O reconhecimento popular veio em 1998 com Resposta ao Tempo, tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, de Glória Perez. A canção marcou um novo momento na carreira da artista, que finalmente conquistava um público mais amplo.
Nana Caymmi também teve seus dissabores com a televisão. Sua versão de Vem Morena chegou a ser escolhida para abrir a novela Tieta, mas acabou substituída por uma música considerada mais animada. “Fiquei esperando minha música tocar e aparece o Luiz Caldas dizendo que a lua estava cheia de tesão”, relembrou com ironia anos depois.
Em 2000, Nana realizou um desejo antigo: lançar um segundo álbum só com boleros. O disco Sangra de Mi Alma trouxe clássicos como Amor de Mi Amores e Solamente Una Vez, consolidando sua paixão pelo gênero.
Fonte: gazetabrasil