Sobre Pequim, o líder norte-americano disse que Washington continua comprometido com a política chinesa de Uma Só China.
“Buscamos manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan e continuamos comprometidos com nossa política de Uma Só China, que ajudou a prevenir conflitos por quatro décadas. Continuamos a nos opor a mudanças unilaterais ao status quo por ambos os lados”, afirmou.
Ao mesmo tempo, o mandatário afirmou que seu país não busca conflito ou uma nova Guerra Fria.
“À medida que gerenciamos as mudanças nas tendências geopolíticas, os Estados Unidos se comportarão como um líder razoável. Não buscamos conflito, não buscamos uma Guerra Fria, não pedimos a nenhuma nação que escolha entre os Estados Unidos ou qualquer outro parceiro, mas os EUA estarão em um bastião promovendo nossa visão de um país livre, aberto e mundo seguro e próspero”, declarou.
Entretanto, Biden ressaltou que Washington está pronto para adotar importantes medidas de controle de armas: “Os Estados Unidos estão prontos para adotar medidas críticas de controle de armas. Uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser travada.”
Em relação às Nações Unidas, o líder disse acreditar que a ONU “pode dobrar o arco da história em direção a um mundo mais livre e justo”.
“Vamos nos unir para declarar novamente a inconfundível determinação de que as nações do mundo ainda estão unidas, e defendemos os valores da Carta da ONU, que ainda acreditamos que trabalhando juntos podemos dobrar o arco da história em direção a um mundo mais livre e mundo mais justo para todas as nossas crianças, embora nenhum de nós o tenha alcançado plenamente. Não somos testemunhas passivas da história, somos os autores da história”, disse Biden.
Ele acrescentou que os membros do Conselho de Segurança da ONU têm que defender consistentemente a Carta da ONU e “abster-se do uso do veto, exceto em situações raras e extraordinárias para garantir que o conselho permaneça credível e eficaz”.
Para isso, Biden disse que os EUA apoiam o aumento do número de representantes permanentes e não permanentes no conselho.
Sobre a Rússia, o mandatário disse que “o objetivo da Rússia é “extinguir o direito da Ucrânia de existir como um Estado” e que Moscou “violou descaradamente os principais inquilinos da Carta das Nações Unidas”.
Biden também declarou que os referendos organizados em território ucraniano são falsos.
“O Kremlin está organizando referendos falsos na Ucrânia.”
De acordo com a pesquisadora e doutoranda em relações internacionais, Nathana Garcez Portugal, entrevistada pela Sputnik Brasil, os referendos pró-Rússia são democráticos e retratam a fragmentação europeia.
“O que podemos citar como um argumento a favor dos referendos é que, de fato, é uma iniciativa democrática, capaz de inserir a população das regiões nos processos democráticos e decisórios no âmbito político, tendo em vista o direito dos povos à autodeterminação”, afirma a especialista.