Muitos fundos de investimento estão de olho em oportunidades no Brasil, dizem fundadores da Latitud


Os ventos estão mudando de direção e os fundos de venture capital estão à procura de oportunidades para alocar os seus recursos. Essa é a visão de americano Brian Requarth e da brasileira Gina Gotthilf, dois dos cofundadores da Latitud, plataforma de inovação e fundo de investimentos com mais de 80 startups no portfólio.

A empresa está organizando a segunda edição do Vamos Latam Summit, evento que vai reunir mais de 4.000 pessoas  entre os dias 28 e 29 deste mês, no Transamerica Expo, em São Paulo.

O público é formado por mais de 2.500 fundadores de startups e 600 representantes de fundos de investimento, reunindo grandes nomes como Monashees, Kaszek, Valor, Riverwood e Canary.

O Vamos foi criado para conectar as startups nacionais com um ecossistema maior, dialogando outros negócios da América Latina e também do Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Na onda dos grandes festivais de inovação no país, como o Web Summit, no Rio de Janeiro, e o South Summit, em Porto Alegre, o formato avança em São Paulo, estado que concentra o maior número de startups e fundos no país.

Qual é a percepção atual do mercado para as startups

Na primeira edição, no ano passado, mais de 1.500 pessoas estiveram presentes. O cenário prenunciava o “inverno das startups”, com a escassez dos recursos e um controle cada vez maior, na lupa, para os  números dos negócios. 

Agora, os cheques estão voltando aos poucos, mais frequentes em negócios em fases de pré-seed e seed, é verdade, mas a percepção, tão importante no mundo dos negócios, é de que o pior já passou. 

“Ainda estamos em um momento difícil, mas começamos a ver que o futuro não será uma tormenta”, afirma Brian. “Eu diria que para as startups maiores, que estão levantando muita grana, ainda fica difícil, mas para as novatas tem muita atividade, com muito interesse e investidores fazendo cheques”. 

O panorama  acompanha uma demanda percebida na própria organização do VLS, como o evento é chamado pelos fundadores.

Entre as programações da edição, um projeto de conectar startups de destaque com um grupo seleto de fundos despertou uma disputa. “Nós estamos selecionando startups para um VC dating e escolhemos os Vcs que vão participar, mas todo mundo está querendo entrar”, afirma Gotthilf. 

“Quem está de olho no que está acontecendo na América Latina, no potencial de digitalização e nas oportunidades em todos os setores, quer saber quem são esses carvões que, por assim dizer, podem ser transformados em diamantes”.  

Quais serão as tendências abordadas nas palestras do evento

Apesar dos novos horizontes, os dois sócios batem na tecla de que o momento mais austero no mercado deve produzir uma nova safra de startups com modelos mais saudáveis de gestão, preservando caixa e usando novas tecnologias e conceitos para escalar sem a queima de caixa vista no ciclo passado. 

Essas e outras tendências estarão na agenda das palestras dos dois dias de evento, em exposições de nomes como:

  • Ben Horowitz, fundador da gestora de venture capital a16z 
  • Paulo Veras, fundador da 99 
  • Monique Evelle, investidora, mentora na Inventivos e shark no Shark Tank Brasil
  •  João del Valle, presidente do EBANX
  •  Daniela Binatti, cofundadora e CTO da Pismo
  •  Hernan kazah, da Kaszek,
  • Francisco Alvarez-Demalde, da Riverwood Capital

Além disso, a onipresente Inteligência Artificial (AI) generativa, tema que tem dominado a agenda dos eventos de inovação. Na primeira edição do irlandês Web Summit no Brasil, no Rio de Janeiro, e no South Summit Brazil 2023, em Porto Alegre, o assunto concentrou as conversas sobre o impacto da tecnologia no futuro dos negócios. 

Na Vamos, a proposta é trazer pessoas que estão com a mão na massa e construindo os modelos em suas empresas. O painel sobre o tema reúne Patricia Thaine, CEO e co-fundadora da Private AI, Azul Garza, co-fundadora e CTO da mexicana Nixtla, e Zan Gilani, gerente principal de produtos do Duolingo.

Fonte: exame

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