MST e Organizações de Esquerda Comemoram “Vitória” de Maduro: “enfrentou uma campanha fascista”


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto com mais 11 organizações de esquerda, manifestou apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro após sua vitória nas eleições presidenciais realizadas no último final de semana. Em uma postagem nas redes sociais, o MST elogiou o que descreveu como a “resistência” do povo venezuelano contra o imperialismo e a adesão a um “projeto popular de condução do país”.

“Parabenizamos a resistência do povo venezuelano, que reafirma nesta eleição histórica a decisão de continuar avançando com um projeto popular de condução do país baseado na solidariedade, organização e desenvolvimento nacional, alinhado ao legado da Revolução Bolivariana”, declarou o movimento.

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Além disso, o MST aproveitou a ocasião para lembrar o “aniversário de 70 anos de [Hugo] Chávez”, destacando que a vitória de Maduro “também simboliza a continuidade e relevância da luta dos povos da América Latina contra o imperialismo”.

O resultado das eleições, no entanto, tem sido alvo de fortes críticas. A oposição na Venezuela alega fraude, enquanto vários países expressam ceticismo sobre a legitimidade do processo eleitoral. Em resposta ao resultado preliminar, o governo brasileiro, representado pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, adotou uma postura de cautela. Amorim, um conhecido aliado do governo chavista, indicou que o Brasil aguarda a análise das atas eleitorais antes de reconhecer oficialmente a vitória de Maduro. O diplomata também afirmou que não endossará alegações de fraude, caracterizando a situação como “complexa” e destacando a necessidade de apoiar a normalização da política venezuelana.

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Leia a nota na íntegra:

A democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela soberania

A democracia com protagonismo popular venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato à reeleição pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema direita, que promove uma campanha de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Essa eleição é central para a geopolítica, por um lado, por ser uma nação que constrói um processo socialista e aliado dos povos ao redor do globo, por outro lado, por possuir a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, o que desperta tentativas de controle e subordinação por parte do imperialismo estadunidense.

Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação e dos resultados já bradavam fraude e não respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram. A transparência e o rigor marcaram a jornada eleitoral, que contou com diversas auditorias e mais de 900 observadores e acompanhantes do processo eleitoral de mais de 100 países. Nós, membros de dezenas de organizações sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a público parabenizar Maduro e o povo venezuelano por sua reeleição.

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A maioria decidiu pela continuidade da Revolução Bolivariana, que ainda que em meio a duras sanções e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na mídia, na política e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condições de vida. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Venezuela é a economia que mais vai crescer em 2024, e acumula um aumento do PIB de 7% no primeiro trimestre deste ano, com a menor inflação nos últimos 35 anos. O país tem apostado não só na sua indústria petroleira, mas na diversificação econômica para assegurar que a soberania e a riqueza permaneçam com o povo venezuelano e em seu benefício.

Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e desestabilização interna por meio de violência, notícias falsas e manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano.

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28 de julho de 2024
Caracas, Venezuela 

Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Venezuela
Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM)
Organização Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (OCLAE)
Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT)
Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento Kizomba
Levante Popular da Juventude
União da Juventude Socialista (UJS)

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Fonte: gazetabrasil

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