MRE da Hungria critica Parlamento Europeu por ações contra o país: ‘faz julgamentos políticos’


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Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, acusou no sábado (26) o Parlamento Europeu e os críticos do governo conservador do país na União Europeia (UE) de usar a questão do Estado de direito para ajustar contas políticas.
A Comissão Europeia propôs em setembro que o Conselho da União Europeia congelasse € 7,5 bilhões (R$ 42,18 bilhões) em fundos do orçamento da UE para a Hungria, citando a corrupção, depois que o executivo do bloco acionou em abril o mecanismo de condicionalidade do Estado de Direito contra o país.
O Parlamento Europeu votou na quinta-feira (24) com 416 votos a favor e 124 votos contra para manter congelamento, argumentando que 17 ações corretivas acordadas por Bruxelas e Budapeste não foram suficientes para enfrentar “os riscos existentes para os interesses financeiros da UE”, mesmo que implementadas integralmente. O conselho tem até 19 de dezembro para tomar uma decisão.
“Atualmente, há percepções políticas contra a Hungria porque há um governo conservador, democrata-cristão, em vigor há 12 anos e, além disso, temos sucesso”, disse ele.
O chanceler rejeitou as acusações de corrupção sistemática contra a Hungria, argumentando que tal fenômeno não teria permitido o crescimento de uma economia. Ele referiu que “nosso PIB tem crescido em uma quantidade bem acima da média europeia”.
Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, durante coletiva de imprensa com Nikola Selakovic, seu homólogo sérvio (fora da foto), em Belgrado, Sérvia, 7 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.09.2022

Szijjarto garantiu que o Parlamento Europeu não tinha uma palavra a dizer sobre o assunto e acusou a legislatura de maioria esquerdista de ser um “órgão político que faz julgamentos políticos”.
Ele também abordou os críticos da Europa Ocidental de Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, que demonstraram “um grande e vergonhoso desrespeito ao povo húngaro”, que, por sua vez, escolheu o partido conservador Fidesz para liderar seu país.
“Eles nos odeiam porque estamos indo contra o sistema e ainda somos bem-sucedidos […] Os governos desses países sempre falam de democracia, então respeitem a democracia”, disse ele.
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