MPF aponta advogada como “autora intelectual” de fraude de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá


Conteúdo/ODOC – O Ministério Público Federal (MPF) acusou a advogada Jaqueline Larréa de ser a “grande autora intelectual” por trás do esquema de fraude contábil que teria gerado um rombo de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá. Jaqueline e outros cinco ex-dirigentes da operadora de saúde respondem a uma ação penal por falsidade ideológica e uso de documentos falsos, de acordo com a denúncia formalizada pelo MPF.

Além de Jaqueline, são réus na ação o ex-presidente Rubens Carlos Oliveira Júnior, a ex-diretora administrativa financeira Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, o ex-CEO Eroaldo de Oliveira, a ex-superintendente administrativa financeira Ana Paula Parizzotto e a contadora Tatiana Bassan. Eles foram presos temporariamente na última quarta-feira (30) durante a Operação Bilanz, deflagrada pela Polícia Federal para apurar a fraude, mas acabaram sendo liberados no mesmo dia.

Na denúncia, o MPF destacou o papel de liderança de Jaqueline no esquema, apontando que ela coordenava o Departamento Jurídico da Unimed Cuiabá e representava a cooperativa no Processo Administrativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cujo objetivo era acompanhar a situação econômico-financeira da operadora. “Cabe apontar que Jaqueline foi a grande autora intelectual do esquema de fraude contábil na Unimed Cuiabá”, afirmou o órgão acusador.

De acordo com a investigação, Jaqueline assinou diretamente, em 9 de novembro de 2022, um pedido de reunião com a ANS, no qual a Unimed Cuiabá apresentava respostas para questionamentos da agência reguladora. Além disso, o MPF afirma que ela também controlava as informações econômico-financeiras fornecidas à ANS por meio do DIOPS (Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde), sistema utilizado para o envio regular de dados das operadoras.

Durante uma reunião realizada em 22 de novembro de 2022, o MPF afirma que Jaqueline teve “postura ativa e de liderança”, conduzindo a apresentação de justificativas sobre “problemas contabilizados irregularmente” de R$ 109 milhões no balanço da Unimed Cuiabá no terceiro trimestre de 2022. Segundo o MPF, ela teria assumido o papel de porta-voz das explicações junto à ANS, agindo em conjunto com o ex-CEO Eroaldo de Oliveira e com o respaldo de Rubens e Suzana.

Fonte: odocumento

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