O Ministério Público Militar em São Paulo (MPM-SP) abriu uma apuração contra o ex-governador do Ceará e presidenciável Ciro Gomes (PDT) por suposta difamação das Forças Armadas.
A abertura da apuração atende um pedido realizado pelo Ministério da Defesa após entrevista de Ciro Gomes em julho.
Preliminarmente analisado pela Procuradoria da República no DF, o caso foi transferido ao MPM-SP por envolver “conduta passível de enquadramento em crime militar”.
Em entrevista à CBN, o Ciro Gomes afirmou que as Forças Armadas são coniventes com crimes ocorridos na Amazônia e que o Governo Bolsonaro fragilizou estruturas de fiscalização de órgãos como Funai e Ibama.
“Isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas”, disse o pedetista na entrevista.
Ciro Gomes é acusado de incitar o crime, por estimular animosidades entre as Forças Armadas e as instituições civis, e propalar fatos, “que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público”, crime previsto no artigo 21 do Código Penal Militar.