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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o investigador da Polícia Civil, Marcelo Marques de Souza, conhecido como “Bombom”, pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A denúncia, que inclui o pedido de manutenção da prisão preventiva do policial, foi protocolada na Justiça, que ainda não se manifestou sobre o caso.
Marcelo Marques de Souza está preso desde dezembro do ano passado, após ser apontado como suspeito de extorquir dinheiro e bens do empresário Vinícius Gritzbach. Gritzbach, que colaborou com as investigações ao delatar policiais e membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto a tiros em novembro de 2023.
De acordo com o MP-SP, o policial exigia propina de comerciantes da Zona Leste de São Paulo para que eles pudessem continuar com seus negócios. Durante a Operação Tacitus, deflagrada pela Polícia Federal, foram encontrados cerca de R$ 724 mil em dinheiro no apartamento do investigador, além de planilhas com nomes, endereços e valores relacionados à cobrança de propina.
A investigação aponta que os valores apreendidos são incompatíveis com a renda lícita do policial e que o modo como o dinheiro estava escondido caracteriza a tentativa de ocultar os crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
Ainda segundo as investigações, Gritzbach, que lavava dinheiro do tráfico de drogas para o PCC, foi extorquido por agentes públicos de segurança, incluindo o policial Marcelo Marques de Souza. O empresário também teria denunciado policiais que estavam cobrando dinheiro dele para não incriminá-lo pelas mortes de dois integrantes do PCC, o que reforça a suspeita de envolvimento do policial com a facção criminosa.
A força-tarefa criada para investigar a morte de Gritzbach já prendeu 26 pessoas, incluindo 22 policiais civis e militares, além de três suspeitos de terem participado diretamente da execução do empresário. Uma das hipóteses investigadas é a de que o PCC cooptou policiais para matar Gritzbach, em retaliação à sua delação.
Fonte: gazetabrasil