O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Gaeco, denunciou 26 pessoas por supostos envolvimentos em crimes relacionados à Operação Fim da Linha. As acusações incluem organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita.
A denúncia aponta que as 26 pessoas teriam participado de um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) através de duas empresas de ônibus da capital paulista: Upbus e Transwolff.
A operação, deflagrada em 9 de abril de 2024, resultou na prisão de seis pessoas, sendo três em flagrante. Foram apreendidas 11 armas, 813 munições, R$ 161 mil, computadores, HDs, pen drives, dólares e barras de ouro.
Segundo a denúncia, os envolvidos utilizavam o serviço de transporte público por ônibus para ocultar a origem ilícita de recursos obtidos de forma ilegal, como tráfico de drogas e roubos.
A investigação aponta que, entre 2014 e 2024, membros do PCC injetaram mais de R$ 20 milhões em recursos ilícitos na Upbus, viabilizando sua participação em uma licitação da Prefeitura de São Paulo em 2015. Já na Transwolff, um grupo de pessoas teria utilizado a empresa para lavar cerca de R$ 54 milhões do crime, principalmente do tráfico de drogas.
Ambas as empresas, Upbus e Transwolff, sofreram intervenção do município. A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, assumiu o controle das linhas.
A Operação Fim da Linha contou com o apoio da Polícia Militar, da Receita Federal e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mobilizando mais de 400 agentes públicos.
Fonte: gazetabrasil