O Ministério Público da Itália pediu ao Brasil a extradição do ex-jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados em última instância a nove de anos de prisão por estupro. O crime foi cometido contra uma mulher de origem albanesa em 2013, na boate Sio Café em Milão.
Vale destacar que a condenação de Robinho ocorreu em janeiro deste ano, após a defesa do ex-jogador entrar com recurso, porém, a justiça italiana manteve as penas impostas na primeira e segunda instância. Na época do ocorrido, a vítima tinha 22 anos de idade e, segundo fontes envolvidas, só teria encontrado o jogador e os amigos após a esposa de Robinho ter ido para casa.
Caso Robinho não seja extraditado, os países podem buscar um acordo para que a sentença possa ser cumprida em território brasileiro.
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O caso
De acordo com a acusação, Robinho e Falco teriam incentivado a vítima a ingerir uma grande quantidade de bebida alcoólica até que ela ficasse inconsciente. Na reconstrução do caso feito pelo Ministério Público italiano, o estupro ocorreu no camarote da boate. Lá, o grupo praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Quando foi interrogado em 2014, o atleta negou a acusação e declarou que manteve relação sexual com a vítima, mas que foi um sexo oral consensual, e sem outros envolvidos. No entanto, no caso de Ricardo Falco, a perícia identificou a presença de seu sêmen nas roupas da jovem.
A condenação em primeira instância ocorreu apenas em 2017 após o ex-jogador ter o celular interceptado. No aparelho foram descobertas conversas que continham detalhes sobre o episódio.
“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu” disse Robinho em conversa com o amigo Jairo Chagas.
“Olha, os caras estão na merda. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros foderem ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, afirmou Robinho na conversa.
Com isso, Chagas afirma que viu Robinho colocar o pênis na boca da jovem de 22 anos. “Isso não significa transar”, alega o jogador. De acordo com os advogados do ex-jogador do Santos, a relação foi consensual.